Aos poucos abandono o meu estado de retiro.
Tento, sem exagero, voltar à minha vida, testado os meus actuais limites, visitando a minha vida, sem, no entanto, a viver plenamente.
Final de mais uma semana.
Encontro para jantar.
Porquê pensar em pequeno?
Indo na loucura do momento, porque não Tókio?
Aguardando à porta de um demasiado frequentado sushi-bar...no Oriente os deficientes não têm prioridade.
Os pratos deslizam em frente aos olhos e porque são eles que começam por comer, as cores, as formas, a diversidade, seduzem e logo, na mesa escasseia o espaço e prolifera a animação.
Gueishas modernas não param nem abrandam o seu ritmo virtiginoso, com que atendem as mesas. Na nossa, a diversão passa por experimentar e construir arranha-céus de pratos coloridos.
Os pratos continuam a passar, delicados sedutores, na sua dança de movimento planar, preciosamente cronometrado, de modo a prender as atenções, aquando da sua passagem quase etérea, como uma criança numa loja de gomas.
O wasabi não me faz chorar, mas a combinação de um outro picante com chá verde, dá que ficar a pensar no caso.
No final, o palhaço não quis ficar na foto – deve estar com a mania que é estrela.
Mas também, não o deixaram participar na festa, mesmo ali ao lado.
A próxima?
Para onde?
Não sei, mas a companhia já é mais que o começo.
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