Dou por mim a perder o sono devido às negras núvens
que ensombram o céu estrelado, musical.
Entre multas fiscais, corrida ao balcão da repartição de finanças
que apesar de ser da minha zona, fugiu para bem longe da minha área de residência,
abro o jornal descartável, para constatar a notícia internacional de maior relevo de hoje:
Amy não está tuberculosa ...afinal tem um efisema.
Esqueço os meus próprios problemas por um segundo
e reflito sobre o drama da Miss Crackhouse:
"Porra, como é que vou fumar umas chinesas e umas brocas, sem pulmão?"
Bom, deve ser sério...afinal está na rádio e até no telejornal.
Realmente uma preocupação mundial
Aí começa a melhor parte.
Não é de hoje que circulam as apostas de quanto tempo ainda a Srª vai resistir
com o seu padrão de vida (pré-hospitalização) e depois de um e-mail preocupado
da minha amiga, iniciámos as previsões.
ela é simples e brutal: diz que não dura muito.
Eu tenho uma visão mais romãntica:
eu aposto em q a gaija faz uma cura,
mas vai passar o resto da vida com recaídas psicotrópicas
pau torto, jamais se endireita
no máximo, um dia, sai de casa às 3 da manhã.
em robe mini, cuecas e soutien, para comprar tabaco na loja
dos chamuças - aberta a noite inteira - do outro lado da rua, em Earls Court.
Como leva o ninho de ratos mais desgadelhado que o normale com os ratos que criou com o Pete Doherty,
com a makeup duas noites antes, ainda colocada e borrada ao máximo,
um taxista, meio tocado com uma pint,
apanha um cagaço, ao virar a esquina ,
e por vias das dúvidas ,
resolve mandar o taxi para cima dela.
não vá o diabo tecê-las e
ser uma coisa do demo.
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