Sunday, December 31, 2006

A realidade da Ciência dos Sonhos

Adoro o realismo do cabelo que fica e se mantém espetado, acidente tão típico de quem acaba de tirar um gorro da cabeça
...para quê anular os pormenores reais em benefício de uma imagem global perfeitamente cuidada, que nos retrai da capacidade de nos deixarmos levar para dentro da tela ?

Mesmo, a não perder.

Saturday, December 30, 2006

La Science des Rêves - Michel Gondry


Classificação:
105 minutos de total absorção.

Everything will turn out the way you want, if you stop doubting(..)

Meet me... in Montauk...




Constantly talking isn't necessarily communicating.

ETERNAL SUNSHINE of the SPOTLESS MIND

Thursday, December 21, 2006

Sunday, December 17, 2006

Hoje, não obrigado, não dá muito jeito...

E quando um desconhecido não nos oferece flores, como no anúncio,
mas do nada ( depois de alguns longos minutos ali ao lado, a tomar coragem entre abanos e cambaleanços) sugere:

"Então, vamos ali em baixo até ao Jamaica?"

Wednesday, December 13, 2006

E AGORA?

E assim, de repente...tudo se acaba.

Tá óptima! O resto vai com o tempo...

Sunday, December 10, 2006

É dia de festa


Domingo frio de Dezembro. Acordo a custo. O frio e a ressaca muscular pedem para ficar mais algum tempo na cama.Algum tempo e banho mais tarde, noto o alvoroço anormal no adro da igreja. Parece que finalmente vão destapar o busto que agora vai ter lugar neste espaço. Colunas, aparelhagem, microfone, denunciam uma pseudo-cerimónia de inauguração - e eu, mesmo em frente de camarote. Como em todas as cerimónias de inauguração portuguesas, a envolvente continua o mesmo cenário de guerra, que tem sido paisagem certa nos últimos 3 meses, os mesmos que tenho sido forçada a estar mais tempo por casa, a ouvir os barulhos ensurdecedores e repetitivos da obra.
Espreito os carros em 2ª fila. Audi A8, BMW...ok, o Sr Presidente da Junta já gasta bem o dinheiro, apesar de continuar o mesmo labrego de 1ª. Chegam-me as informações que ainda não há muitos anos, em vez de se sentar ao volante de uma destas bombas, sentava-se ao volante de um carro do lixo - ao menos progrediu na carreira, sempre dentro da mesma instituição. E lá vai ele, com uma pequena corte até ao café da esquina.
Pouca, mesmo muito pouca gente, espera no adro pela missa, heis que chega um convidado de mérito - o sr cardeal - mais um Audi topo de gama.
Começa o espectáculo. 22 Tipos de bata branca entram na igreja, de ostensório e acessórios que nem sei o nome.
Discuto com a minha avó - ela diz que é o Cardeal Cerejeira, eu digo que esse era o amigo inseparável do Salazar. Ela pergunta-me então quem é e eu respondo que aquilo é chapéu de papa...olha! é o RatZinger. Ela olha-me duvidosa em silêncio e manda-me um CALA-TE!
Começam os ensaios de som...tal qual como nos concertos SOM SOM SOM, em tom grave e abafado saem das colunas.

Começa a festa, já têm uma multidão e balões a condizer.

Saturday, December 09, 2006

Figuras


Hoje saí, preparada para o frio.
Hoje saí, preparada para a chuva.
Hoje senti-me como uma imagem esbatida de um veterano de guerra.

Friday, December 08, 2006

I'm gonna make you bend

É bom ouvir que a recuperação está para lá de boa.
Com estalos, coxeos, rotativos de anca.
É bom voltar a andar.
Apesar do gelo e da dor serem os meus mais recentes companheiros,
É bom voltar a saborear alguma da liberdade perdida.

Wednesday, December 06, 2006

O que é real


Raio do Ganso


Passeio devagar por jardins que nos últimos 3 meses me têm estado fisicamente tão perto, mas vivencialmente tão distantes.
Sento-me num banco de madeira a observar as aves ao longe.
3 gansos iniciam uma longa caminhada na minha direcção.
Ainda por cima são feios

Com o seu andar desengonçado, trazem já consigo, o resto do grupo, curiosos com o que eu possa oferecer: 6 gansos, 2 galinhas de Angola, 5 pombos, 3 pardais e 2 galos rodeiam o banco. Um ganso, mais afoito, olha-me nos olhos e lança-me constantes olhares de alto abaixo, mesmo a um palmo.
Menos ameaçadores

Não, não tenho nada. Visto o casaco e continuo a ser medida centímetro a centímetro.
Os pombos passeiam-se por baixo das pernas e roçam a cabeça nas muletas.
Desisto, não me apetece ficar de olho no ganso que ficou fascinado e continua mesmo ali ao perto, levanto-me e vou embora.
E mais saborosos


hmmmm....

CHILL'IN

Saturday, December 02, 2006

AMORAS DE NATAL


Véspera de feriado, fim de semana de 3 dias, pouco faltam para as 20h, no meio de uma azáfama natalícia - ainda em Novembro, tudo cheira a Natal: as luzes, as pessoas, a pressa das compras, o frio, o trânsito.

Desço devagar a rua que tão bem conheço, pensando nos amigos que possivelmente poderia encontrar, por um acaso do destino.
Cinco minutos depois, sento-me a olhar para esta confusão. Abandono o espaço que me rodeia e penso no dia que tive.
De repente, do nada, sinto um beijo roubado, que me trás de volta à realidade. Eras tu, com o teu mais carinhoso sorriso e olhar terno de felicidade, por me veres, tão surpreendemente, fora de casa, no meio do caos da cidade.

Levo alguns milésimos de segundo a perceber que não fazes parte dos meus pensamentos de há pouco e que afinal estavas mesmo ali, curiosamente, por um acaso do destino, que nos levou a cruzar no tempo e no espaço.

Uma surpresa boa que afinal, não foi assim tão de surpresa, pois tinha, bem há pouco, pensado em ti.

Wednesday, November 29, 2006

STRANGE DAYS

Quando um dia me disseste
A TI, ACONTECE-TE TUDO
sorri e achei um exagero
Pensei que, simplesmente,
sei contar, as coisas mais comuns,
de maneira mais colorida.
Mas de facto, logo quando,
tento voltar à minha rotina,
entre filas apressadas e trânsito congestionado,
quando à falta de mãos livres
a tendência de segurar as coisas com os lábios
torna-se numa necessidade,
oiço alguém dizer AS MELHORAS, bem ao meu lado,
alguém que nem conhecia.
Ri-me e sinalizei com a cabeça o entendimento
Tirei o bilhete da boca e agradeci ao desconhecido.
Que apesar de desconhecido, continuou a desejar-me as melhoras.

Wednesday, November 22, 2006

E já está!

Tudo muito rápido.
A aventura maior foi mesmo levar a roupa para o cacifo, com as duas mãos cheias ...de muletas – não é fácil, mas sou resorcefull.
Chegada, registo, nem me sentei – entrada para os balneários
Chamada em fila, atribuição de cacifo e farda hospitalar – fica só com a cueca e o soutien – deve ser por ser quase Inverno, da última vez, só tinha direito a batas translúcidas.
Pelas raras vezes na vida, fui a última a me despachar da etapa da mudança de roupa.

Chego à porta da grande sala – faça favor de sentar.
Todos olham para mim, sem um sorriso ou uma palavra. Sinto-me familiarmente ridícula com aquela touca verde água que combina com bata de flanela, mal apertada nas costas, mas não com o chinelo descartável azul.
Estamos todos naquela linda figura. As enfermeiras também não escapam, com o conjunto em azul e com as socas de borracha.
Parece a preparação para um baile, naquela sala de espera asséptica.

Atravesso o espaço, elegantemente com as muletas, até à poltrona forrada com um lençol. Coube-me o lugar central, naquele convénio. Sinto os restantes 7 pares de olhos postos em mim. A enfermeira coloca-me exactamente igual aos demais, tapa-me as pernas com uma outra bata, igual à que visto – agora parecemos uma desmultiplicação de velhos assépticos, sentados à lareira, com a manta no colo.

Cateter no pulso, questionário, pode aguardar. Olho em volta e lembro-me de experiências nerológicas em símios, todos agrupados na mesma sala.

Ainda é cedo e anulo a minha presença, viajo para outro estado, para ser interrompida pelo Clark que hoje está, especialmente, conversador. Por mais despercebida e apagada que tento passar, mais esta experiência, apanho sempre com mau-feitios simpáticos e conversadores. Sou levada para a sala no meio de conversa casual.

Conversam comigo o tempo todo – agora vou besuntar-te o pé com betadine, vai ficar todo bronziadinho! Vais sentir uma picada, tas confortável?
Tento alienar-me das vibrações, das pressões, que sinto até ao âmago da anca. Sensações muito estranhas...há coisas que não se fizeram para se sentir por dentro.

Calham-me sempre os cirurgiões mais brincalhões que não me deixam de fora do evento. Elasticidade...Parece uma bailarina!! Percebi depois, quando vi a ligadura bem ao estilo da série Fame, o que ele queria dizer.

20 minutos, se tanto, fico de novo com o meu novo amigo que me calça e me aperta os atilhos da bata nas costas. Acompanha-me de novo, até ao sofá na sala conjunta, em conversa amena, como se passeássemos numa tarde de domingo, enquanto segura nas mãos, o meu soro.

Trazem-me um iogurt e bolachas, enquanto o Clark, visivelmente orgulhoso, com o seu pé de bailarina, troca impressões e datas de consulta comigo.
Mesmo tentando passar em branco, de todos os que lá vi, só eu estava com as atenções do enfermeiro, do cirurgião, do mestre cirurgião, que mais tarde ou mais cedo ou ao mesmo tempo, metiam conversa, o que me valeu a procura de esclarecimento de dúvidas por parte dos outros pacientes mais nervosos.

Correram comigo, 1 hora e meia depois de ter lá entrado. Mais pontos para tirar, um pé laranja para não molhar e segundo as palavras do Clark, se doer tem lá alguma coisa para as dores?...Ainda tenho os da outra operação, mas só me está a coçar os pontos. Ri-se - se der comichão mais “forte” já sabe...

E é assim, cá ando eu, com um parafuso, perdão, cavilha (como alguém descreveu) a menos. Restam-me os outros dois, a chapa, os pionéses e muitas situações hilariantes em aeroportos .

Sunday, November 19, 2006

Vamos cá esclarecer :

Ainda aqui ando.
Ainda não voltei de novo ao bloco...mas está quase.
As coisas não estão, nem por isso, a correr mal...estão a correr devagar, com surpresas a cada esquina, com actualizações a cada pequeno passo dado dentro da neblina do desconhecido.

Não fiquei, nem fico preocupada com esta ou outras operações q possam surgir - depois de toda a praxe que é um internamento, já estou mais que vacinada.
Até vai ser engraçado voltar a ver o bloco - tem um design muito hi-tech e a imagem intervenção de reconhecimento dos cientistas em torno do extra-terrestre que, alegadamente, caiu em Roswell lá por 49 ( ou do boneco e o balão metereológico) persegue-me até hoje.
Como ando por aí a dizer, só não me está mesmo a apetecer é epidurais, mas é mesmo porque o efeito secundário dura e dura por alguns dias.
Desde a 1ª e (espero) a última ressaca que ainda durou uns 4 a 5 dias, entrei para o EAMNPF (Epidurais Anónimos - Mais Não Por Favor!)
Prefiro mesmo assistir à sessão de marcenaria Drill&Extract.

Então está marcado : 8.30h na 4ª lá estamos para mais uma viagem ao mundo dos tectos de bloco operatório.
O riscado nas guarnições ...ui, espero não ficar de novo com o saco de soro entalado na porta, enquanto o suporte verga verga, até levar com o saco em cima.

Depois de uma "boa nova" , olhe tentámos contactá-la mas o nº não dava, por vamos tirar um parafuso...estaca de caminhos de ferro deve ser o melhor termo. Lá tivemos que andar a perseguir os serviços ambulatórios à falta de novo aviso.

Pois, o meu super-homem-clark-quente arranjou maneira de me pedir o telemóvel mas esqueceu-se de o passar aos serviços (só n acerto no euro-mlihões que, desta vez até fiz, sem grande resultado)

Desta vez, como tinha me sido dito , é para o operatório ambulante ou ambulatório operante
e só tenho direito a meia pensão ...sairei no final do dia ...acompanhada ( n sei bem o q isto quererá dizer)

Por um lado posso tomar o pequeno almoço, q indicia não haver epidurais reservadas para o dia.
Por outro, se tenho de entrar às 8.30h, podem muito bem deixar-me sem comer até às 16.30h e às 18h já estar pronta p sair com uma ressaca a mais e um parafuso a menos.

Vou mais pela 1ª

mas what ever - que escolha tenho eu

Estive na fonte da telha , finalmente, ao fim de quase 3 meses.
Andei entretida, a marcar na areia, as rotundas que se tornaram a sombra das minhas passadas.

Ao que parece, sou tão importante que e a minha vida deve ter saido na dica do jornal do Lidl.
Não me habituo a esta fama, a este estatuto de diva.

Sou cumprimentada por desconhecidos que me desejam as melhoras e perguntam se estou melhor. São raros os dias que saio à rua sem isso acontecer e os rumores espalham-se.
Já me querem fazer estar a operar mais cedo que o previsto, outros acham q as coisas não estão a correr bem, para ter que ser operada de novo, depois da explicação, acham que foi engano ou negligência ou simples capricho.

enfim
o que o povo gosta é de ter que falar e de preferência que possa passar num telejornal sensaciolalista.

O que vale é que já tenho os meus óculos de sol, de diva de anos 50...tentarei esconder as muletas atrás deles para passar despercebida, enquanto refilo por não me deixarem ficar com o telemóvel durante a curta estadia.

Até já

Copo meio cheio de esperanças vãs



Há dias bons, dias maus.
Dias em que o copo está meio cheio
Ou em que está meio vazio
Dias em que consegui, finalmente,
Sentir a areia e o cheiro salgado do vento.
Ou que estive ali tão perto,
Mas tão consciente das dificuldades.
Dias em que estive ao vivo e a cores
No ambiente a que estava habituada
Ou a sentir todas as dificuldades
Dos obstáculos que acarreta.
Quando os dias passam e me frustram
e já nem ligo às surpresas que se vão sucedendo
Mas que a hipótese de possíveis problemas
Noutros horizontes, que não os meus,
Socam, com força, os meus pensamentos

Monday, November 13, 2006

É uma meniiiiihina!

Boas notícias ! Parece que, vou mesmo manter uma rica perna, ao permanecer em minha posse, o titânio.
Tou mesmo a ver as aventuras de aeroporto que se seguem ao longo da vida...
Como já dizia por diversas vezes, cada vez que vou a uma consulta descubro uma coisa nova - não, não podem ser chatas estas coisas, sempre cheias novidades, surpresas e kinder estragados.
É claro que alguém se esqueceu de me avisar que, ao contrário da maioria das pessoas, eu não tenho um parafuso a menos, mas sim, um a mais. E como um Perónio não pode ficar pregado a uma Tíbia - tal como as rectas concorrentes, para sempre destinadas a correr lado a lado, sem nunca se cruzarem...zrrrrrrr!!!!

Hello again Hello Bright lights ! yes I still have the puncture wound. See you when I'll wake
(that will teach me not to make fun of being admited again)

Sunday, November 12, 2006

Maki


Aos poucos abandono o meu estado de retiro.
Tento, sem exagero, voltar à minha vida, testado os meus actuais limites, visitando a minha vida, sem, no entanto, a viver plenamente.
Final de mais uma semana.
Encontro para jantar.
Porquê pensar em pequeno?

Indo na loucura do momento, porque não Tókio?
Aguardando à porta de um demasiado frequentado sushi-bar...no Oriente os deficientes não têm prioridade.
Os pratos deslizam em frente aos olhos e porque são eles que começam por comer, as cores, as formas, a diversidade, seduzem e logo, na mesa escasseia o espaço e prolifera a animação.
Gueishas modernas não param nem abrandam o seu ritmo virtiginoso, com que atendem as mesas. Na nossa, a diversão passa por experimentar e construir arranha-céus de pratos coloridos.
Os pratos continuam a passar, delicados sedutores, na sua dança de movimento planar, preciosamente cronometrado, de modo a prender as atenções, aquando da sua passagem quase etérea, como uma criança numa loja de gomas.
O wasabi não me faz chorar, mas a combinação de um outro picante com chá verde, dá que ficar a pensar no caso.
No final, o palhaço não quis ficar na foto – deve estar com a mania que é estrela.
Mas também, não o deixaram participar na festa, mesmo ali ao lado.
A próxima?
Para onde?
Não sei, mas a companhia já é mais que o começo.

Thursday, November 09, 2006

Memórias em Branco

Meço o tempo pela marca do verniz, que teima em desaparecer, que se agarra relutante à superfície e que ainda cobre de branco, desde o dia em que me arrependi tê-lo feito.
O branco não combina comigo. Mas deixo-o ficar, constante lembrança do tempo que passou, de tudo o que passou.
Deixo-o e espero pelo tempo que ainda vai passar...a meio caminho de passar
...talvez, no dia em que finalmente desaparecer, naturalmente e por completo, o mesmo aconteça com as dificuldades que a ele, deixei permanecer relacionadas.
Porque o branco não combina comigo e o branco teima em passar.

Saturday, November 04, 2006

Sunday Mornings are a bitch

Abre os olhos e vê a luz que entra, já forte, pela janela. Lá fora, as vozes madrugadoras não olham a mais uns minutos de sono. Lança as pernas para fora da cama e sente o chão frio debaixo dos pés. Inspira fundo e devagar, levantando-se num só movimento. No caminho, pega a roupa amachucada, largada a um canto do quarto e leva consigo para a casa de banho. O espelho reflecte os traços cansados, realçados pelo lápis ainda esborratado. Abre a torneira, junta as mãos em concha e um arrepio percorre a espinha, enquanto mergulha a cara na água fria. Faz uma careta enquanto veste a roupa impregnada com o cheiro a tabaco e lança um último olhar para a cama, através do espelho. Dorme profundamente. Assim é mais fácil, sem decisões a tomar, como agir, o que dizer. Pega no resto das coisas e sai, fechando a porta atrás de si, sem fazer barulho. O sol forte faz-lhe arder os olhos. Ajeita os óculos e segue rua abaixo.

Os olhos de Khatmandu

Trindade, Kathmandu, bem podiam ser o mesmo - Rua do Alecrim ao Evereste. Não precisei de patrocínios nem perdi o nariz, mas fui à revelia e com surpresa em mente. Passei o resto da noite a levar nas orelhas, mas nada substitui, o alcance de uma meta interior, a surpresa estampada de uma visão surreal, a alegria contagiante de um amigo surpreendido...ou 2, mas principalmente, o superar de uma prova. Muito trabalho ainda pela frente, mas coxeio devagar para lá. Não dancei, mas vi dançar e os ferreros a passar. Assisti a mais um excelente trabalho de interpretação – de ti, não podia esperar outra coisa e nem sequer estavas lambidinho, mas as calças até ao sovaco, estavam a matar – estive com amigos, com conhecidos, com desconhecidos. Agora então, parece que não tenho como escapar, em ser um centro de atenções...as canadianas denunciam-me – maldito jogo de futebol!

Provei um pouco, o suficiente para molhar os lábios, de algo a que estava habituada, do que voltarei, qualquer dia, a beber, com as minhas habituais companhias e outras novas, porque não. Até lá...os testes continuam.

Wednesday, November 01, 2006

CURIOSIDADES

Numa manhã ou tarde de sol, num final de Setembro quente, andava a passear por um jardim em Barcelona, durante uma estafante semana de all-you-can-visit, quando a vontade de posar para as fotos deixou de ser levada a séria e completamente vencida pelo esgotamento de energias, um calhau pareceu-me uma excelente desculpa para repousar.

Essa ideia ficou para sempre, relembrada em provas fotográficas.

Tal não foi o meu espanto quando, passados 8 anos, numa lojeca de recuerdos em Salamanca, encontro uma ranita - um dos símbolos da cidade - posando num calhau. Não podia deixar de adquirir essa peça, testemunho das coincidências da vida, que tanto me divertem.

Não sou verde nem esbugalhada... mas mesmo assim, não deixa de ter piada.

Monday, October 30, 2006

Saturday, October 28, 2006

Voodoo?

Porque é que cada vez que pego numa agulha, ela acaba sempre espetada no dedo?
...uma, duas, três vezes...

definitivamente, não fui feita para costurar

Tuesday, October 24, 2006

All the sparks will burn out in the end...except mine

I miss the sun
Burning my back
Strong embrace
On a hot summer afternoon
Waiting in line
Joined by dear friends
The chords from inside
Still eccoe in my mind
And the sweet memories of that 7th day
Everytime I listen to this

Monday, October 23, 2006

Tragédia na Rua das Flores - Volume II

Virada a primeira folha do novo volume, a leitura torna-se mais rápida e menos entediante. O drama dá lugar à auto-satisfação de quem consegue seguir a história e se envolve no enredo. O virar de cada folha, começa a ter a sua piada e a vontade de chegar ao fim, já não é de um suplício, em que a tentação de saltar muitos capítulos, até ao final, cresce a cada linha e desistir da leitura obrigatória está fora de questão.
O preâmbulo do 2º volume, pareceu-me leve, até satisfatório...curiosa a sensação do látex morno na pele, nos pontos Y, M, I - zonas sensíveis de sensações arrepiantes, entorpecidas pela violência, pela intervenção e pela lesão e, ao contrário do que possa parecer, em nada erógenas.
WaterwalkAir structure event
Theo Botschuijver

Sunday, October 22, 2006

o EU que TU conheces

Sendo a primeira a dizer “que se lixe o que os outros pensam”, sei que somos, não só o que queremos ou conseguimos ser, mas também, o que outros acham que nós somos.
Quem eu sou e a percepção dos que me rodeiam têm de mim, acaba por se fundir, fazendo parte, também, de mim.
Vivemos reflectidos no olhar de terceiros. Terceiros que testemunham os nossos feitos, as nossas falhas, as nossas vitórias, o nosso crescimento, o nosso EU.
E como a História, a importância de um testemunho, um registo nem que seja mental, da nossa passagem pela vida, garante uma memória da nossa existência e de uma identidade, de outro modo desconhecida e inexistente aos olhos do mundo.
Continuo a lixar-me para o que os outros pensam, porque esses terceiros de quem eu falo, para mim, importam apenas os que me são queridos e têm um papel importante e relevante na minha vida. Cuja percepção do meu EU não será assim tão distante do meu Eu objecto, por mais parcial e incompleto que seja esse conceito.

E por essa razão, me é tão importante
a imagem que vejo reflectida nos teus olhos.

Thursday, October 19, 2006

Espaço Cultural - get you dictionaries!

" It is impossible to say how first the idea entered my brain;
but once conceived, it haunted me day and night.
Object there was none.
Passion there was none.
I loved that old man.
He had never wronged me.
He had never given me insult.
For his gold I had no desire.
I think it was his eye!
Yes it was this!
One of his eyes resembled that of a vulture -
a pale blue eye, with a film over it.
Whenever it fell upon me,
my blood ran cold;
and so by degrees -
very gradually -
I made up my mind to take the life of the old man
and thus rid myself of the eye for ever."

from THE TELL-TALE HEART by Edgar Allan Poe

Wednesday, October 18, 2006

Afinal é TRI !!!!

Peço desculpa pelas informações erradas que tenho fornecido, mas letra de médico será sempre letra de médico e como cada vez que vou a uma consulta descubro algo novo, normalmente por mim, hoje não foi excepção.

Como, logo no 1º e malfadado dia, em que andei a bisbilhotar as radiografias enquanto esperava e percebi a verdadeira dimensão da coisa - @#da-se! parti a tíbia tb, pensei eu na altura

Depois, vem o número de cicatrizes, a dimensão.

O tamanho e a quantidade de metal enfiado aqui

E agora, o que as minhas pesquisas na net, já me tinham dado a quase certeza - é uma fractura Trimaleolar e não Bi, como me tinha parecido o gatafunho médico.

Nada de espanto, porque segundo os esquemas, o pé completamente fora do sítio não engana ninguém.

Enfim, mas a vida não é só desgraças e como me costumam dizer "porra, quando fazes, fazes em grande, não te ficas com uma coisa simples" - pois é mon chérrie, eu n me fico por banalidades - tudo a sério e nada de superficialidades...

mas como dizia, a vida não é só desgraças e há que ver a graça nas pequenas e estúpidas coisas da vida e pelo menos hoje tive a autorização oficial p começar a utilizar o trombolho :P

Tuesday, October 17, 2006

I like scars





Like the spoils of wars

They remind me of

The battles I've fought


...


I just don't like

The way they feel inside

Monday, October 16, 2006

O caminho
















Do caminho hipnótico,
Em que, facilmente,
se tornam as nossas vidas,
Basta travar e sair.
Tomar coragem e seguir por um atalho
Ou, porque não, mudar de direcção
e tomar um novo rumo.
Que se lixe o destino!
Gozar a viagem
Ver novas paisagens
Conhecer outras pessoas
E talvez, quem sabe,
Chegar ao mesmo destino
Com outra bagagem.

Sunday, October 15, 2006

Fechado para balanço















Sem data de reabertura

Hoje fui às compras














para o dia a dia













para as noites/manhãs de fim de semana














para indirectas a daltónicos














para ti, que teimas em te fazer de difícil

Wednesday, October 11, 2006

OSSOS DO OFÍCIO

Olá, o meu nome é Fractura Trimaleolar
e sou uma osteossintetisada há exactamente 40 dias.

Tuesday, October 10, 2006

The weight of the world

on my back

o tempo e só o tempo

como é amargo o gosto da decepção.
como é destruidora a força conjunta de tantas pequenas adversidades.
como conta para tão pouco, os pequenos progressos, à luz de tantos obstáculos e dificuldades.
como o tempo se estica e se prolonga, quando queremos que ele passe.
como tudo parece mais difícil quando ele nos olha directamente nos olhos.

guardo na gaveta a ânsia e a euforia, para daqui a 5 semanas...
enquanto continuo a folhear o próximo capítulo

Monday, October 09, 2006

Dead man's foot (ou Leg)

qual é coisa, qual é ela,
que não via sol há 5 semanas,
mirrou e ganhou um trombolho na ponta?

A menina dança?

after all scaring is not an easy process