Ela hesita ao se aproximar da porta de madeira envelhecida. O coração acelera, até pulsar ao ritmo da música que vem do interior. Inspira fundo e entra, como se dominasse o espaço. Com um nó no estômago, simula a segurança que lhe falha e descobre-o entre a multidão. Aproxima-se com passos leves, mas decididos. Os olhos dele iluminam-se ao vislumbrá-la entre os demais e sorri. Ela pára junto dele. Percorre, com o olhar, cada detalhe da sua face, como se quisesse imortalizar aquele momento perfeito, na sua mente. Trocam olhares cúmplices e a insegurança dissipa-se no momento. Ela aproxima-se e segreda-lhe ao ouvido. Demorei muito? Só a minha vida toda. O sorriso envergonhado solta-se num estado de euforia interior, quase infantil, que lhe enche a alma.
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