Tuesday, May 30, 2006

HOT "X" in the city










Dias quentes, noites sufocantes.
Dias arrastados na preguiça do trabalho,

Saídas alucinantes no calor da madrugada.
É assim a chegada do verão.
Vive-se
Vive-se mais
Vive-se mais intensamente
Não tanto nos dias quentes
mas mais nas noites ...


Wednesday, May 24, 2006

a história de Narkë


Gosto de surpresas...de surpresas boas que nos arrebatam a lógica e as previsões. Como o convite que resolvi aceitar à última da hora, para a apresentação da colecção Narkë primavera-verão 2006 “Fairy tale”, da fabulosa dupla Branco e Sanchez, os meus queridos STORYTAILORS. Caras conhecidas e caras familiares dos tempos de faculdade, do tempo de quando tínhamos tempo. A surpresa de não ter conseguido manter o low profile que espera, Entre coversas com amigos, conversas com conhecidos e com recém conhecidos. Gostei de estar com o meu amigo, o outrora rapaz do sorriso brilhante, agora de olhar triste e distante. Do amigo-cão que finalmente levou umas festas e uns puxões de orelhas carinhosos, ser reconhecida por desconhecidos, do embaraço de ser apanhada por um estranho sorriso, enquanto pousava torcista ao lado da Mousse. Enfim, é assim a história de Narkë, cujo imaginário me seduz, tanto quanto Coco Rosie o faz.

Saturday, May 20, 2006

Sindroma do Embananamento

E com um final apoteótico, acabo uma estranha semana. Talvez a semana mais estranha que tive até hoje e que tão cedo não vai ser superada. Num climax surpreendente que me deixa extasiada e cada vez mais, quanto mais penso que não foi o momento em que me dei conta, que a queda de uma estrutura metálica que encima os velhos eléctricos lisboetas, podia me ter atingido; não foi a estranha inundação de elogios cibernéticos que atolou o blog; não foi a súbita sensação de que algo grande e desconhecido estaria para acontecer, que me deu um nó no estômago e provocou urticária. Não foi acordar 5 segundos antes de receber uma mensagem significativa, cuja preocupação recíproca provoca longas sessões de terapia telefónica. Foi sim, o ser confrontada com um pequeno papel impresso, com uma pequena mancha, mas com um enorme significado. Foi o ver a felicidade estampada na cara radiante de uma amiga. Foi o perceber que a partir desta altura, de algum modo, conseguiste mudar a minha vida também.

Pela coragem
do grande passo que estás a dar,
Por esta enorme mudança,
Que tem tanto de assustadora como encantadora,
Conta com todo o meu apoio e amizade
A ti e à Lua, desejo toda a felicidade.
um beijo grande


da tchiiiaaa!!!!

Saturday, May 13, 2006

...embalagens de 12

ideais para casais.

um para Janeiro,
um para Fevereiro,
um para Março,
um para Abril,
(...)



:P




Friday, May 05, 2006

Se do são



A luz escorre suave pela pele . sublinhando o contraste pela sombra . abraçando as curvas ao de leve . com uma carícia terna e morna.

Monday, May 01, 2006

Cenas de um casamento

Em pleno Domingo escaldante, em peregrinação a Meca, no meio de saltos altos que agonizam, gravatas que sufocam e indumentárias dignas de uma gala, que moldam e toldam o comportamento, inicio a campanha para as fotos de promoção do novo filme de James Bond, com direito bondgirls, na passadeira vermelha. A censura ao ajeito do decote, quando os restantes se benzem, o sermão cómicamente improvisado, a homenagem imperceptível, atabalhoadamente salteada e intercalada com murmúrios – “as palavras custam-lhe a sair” e o Cigalla repousa no banco, aguardando o momento em que vai chover sobre os noivos. Dou por mim, sob um sol abrasador, que derrete os miolos, a explicar o significado da tradição de jogar arroz sobre o casal – logo eu que não sigo tradições por seguir, percebo que entre as pétalas e o arroz, até à minha divina intervenção sapiente, a ideia era a de uma simples praxe. Questiono-me sobre o peso do papel do fotógrafo no espectáculo-casamento: Perturba-me que os timmings sejam controlados por esta figura, que acaba por se revelar, não um simples director de fotografia, mas um realizador do próprio filme – agora, todos façam o favor de ir para a escadaria para a foto de conjunto! – ao que eu comento, sim, vamos para a grande escadaria de dois degraus, pode ser que caiba toda a gente. Já o Cameraman, apesar de ser incomodamente stalker, acabava por ser mais discreto. Brindados toda a tarde, pela fabulosa banda Ficha Tripla, cujos trocadilhos com o nome, pareciam-me intermináveis – sim, eram 3 – e cujo momento alto, foi bem alto ao microfone “já vamos testar essas gargantas, enquanto afino aqui o meu instrumento”. Até o garçon, senhor grisalho e respeitoso, não pôde deixar de se contagiar pela boa disposição na mesa. Alguns tintos mais tarde e um branco que fez sentir o efeito, até ali não sentido e acumulado dos anteriores, sigo em peregrinação ao café. Bendito fosse, não viesse ele, acompanhado pelo Beirão, que daí à sessão de fotos de promoção Bond, com direito a assistente de produção, não ouve como escapar, pois não, James? Alguns Beirões mais tarde, continuamos a apanhar banhos de sol, de final de tarde, descalços com os pés na erva fresca, a torturar os noivos com falsas prendas que apontam dicas enigmáticas e preocupantes sobre a prendas mistério.

A entrada triunfal do bolo, ao som da epopeia banda sonora de 1492, às escuras e à luz de archotes, faz-me pensar se de dentro do bolo não estivesse para sair uma figura guterrista. Pela noite fora, Karaoke à parte, a Ficha Tripla viu-se mesmo obrigada a correr com os artistas de ocasião que lhe estavam a ganhar o gosto, não antes sem conseguirem prevenir uma desafinada actuação de 5 doces com um final gritante e prolongado, digno de Axel Rose. São as cenas de um casamento, cujas memórias vão ficar, é a imagem dos centros de mesa só com caules de flores, depois do passar o vendaval que decorou o carro dos noivos, é o não encomendar fotos por não conseguir fixar um único número, é a esperança de o "amanhã de manhã" não ter ficado gravado em vídeo, é o desejo de uma vida recheada de muita felicidade e alegria, que sei que os noivos irão ter.

Am i Miss B.Haved?!

Sweets for my suite

Enquanto desce a rua confiante, testando os movimentos do pulso, o som sibilante rasga o ar ameno da noite, conferindo-lhe uma ligeira e enebriante sensação de poder.