Friday, December 30, 2005

Como não podia deixar de ser,venho desejar-vos uma boa despedida de 2005 e uma excelente entrada em 2006.
E não se esqueçam que não é preciso esperar por um ano novo para mudarem o que acham de errado na vossa vida.

Beijos

Friday, December 23, 2005

que tal esta, para filosofia de vida?













RESPONDA CORRECTAMENTE:

A imagem acima representa:
A- a aterragem de um OVNI
B - a detonação de uma bomba de hidrogénio
C- um pôr do sol
O mais comum dos acontecimentos pode ser o mais extraordinário dos eventos
...tudo depende do ponto de vista e da imaginação

A pura simulação de temperamento

...aprendeu com os melhores
Quando tudo e todos parecem deslocados, quando os conformismos e os rituais não fazem sentido, quando olho em volta e afinal, sou eu que não me integro, sou eu que questiono tudo, quando não tomo ideologias e interrogo os costumes. Sou eu que me destaco pela diferença, mas acabo engolida pela maioria. E acabo por integrar aos pouco, esse cenário, resignada com os meus pensamentos, mas camuflada pelo silêncio.
Zurc Ruet

Wednesday, December 21, 2005

Nesta quadra de bons sentimentos ...



vão p a janela no dia 24 à noite, levem uma pressão de ar, uma panela ou um missil e tentem acertar nas renas da frente
...pode ser q o anúncio se torne realidade


conselho de amigo
Definitivamente, mereces o teu cantinho no céu.

Mas os meus poderes só dão mesmo para te anexar à galeria dos bons malandros.
Não ficaste inserido lá embaixo, mas em compensação ficaste aqui com um lugar de destaque.

até nisto tiveste sorte
...ora é portatil, ora é bilhetes, ora é blog.

A mais bela performance de bailado






Agradecimentos à proprietária do desenho pela sua cedência, para publicação.

Beijinhos para ti, Pati

Tuesday, December 20, 2005

PUT A LITTLE COLOUR IN THE WORLD



Nem sempre o branco é solução
operação "Omelete sem ovos"
Snack SOL E MAR - Fonte da Telha
2005

CONCEITO "IR CAGAR À MATA"

INTERNATIONAL ROCA DESIGN COMPETITION 2005
THE HOTEL BATHROOM OF THE FUTURE
- nature mind escape -

In the stressfull days we live, calm and relaxing moments became more precious and hard to achive.
The idea of a short rented moment away from the confusion of the everyday routine, where you can spend quality time with yourself, isolated from the world, deep in the a peaceful aura become the guidelines of this design.

In opposite to the routined stressed days where priviteness becomes harder to estabish and maintain, this hotel bathroom offers an opportunity to distance yourseft from that reality, the reality we try to escape and cut off at the end of the day.

These bounderies allow the transposition of the body to this entire different universe is given by flooding the senses with a simulated location miles away from any sign of civilization, surrounded in a natural environment untouched by human hand.

The creation of virtual windows to these landscapes provides the bathroom with versitility otherwise compromised by real openings to real world – frequently marked by concrete.

These controlled windows provide ambience, artificial light and colour to the space, the theme chosen caries the idea of seclusion and introspection as well. Its potencial becomes unlimited.

The nature theme, the forests’ images assume an important role, defining resting cubicles within the space of the bathroom.
The window like appearence gives the gazing eye a resting sigh.
Like in these landscapes the natural element which outstands the most is the water, even if it is only implicit.

The symbolic treatment of the bathroom utilities, the bathtub a pond like depression to soak the senses and wash the stress away, while enjoying a video projection on the middle glass wall. Pre chosen images, Dvd or Tv these are the possibilities of entertainment while bathing.
The cascade like shower where water falls over river pebbles – throught a wall made of transparent coloured resin and pebbles which allows light to escape and iluminate the room.
The form used in the ceramics ilustrates a symbolic characteristics of confort, isolation, and protection of the nest. Once more the idea of seclusion is underlined.

The isolation from the outside world keeps us secure from the agressive environment of our everyday life – the egg like shape sectioned transforming itself in washbasign, toillet and bidet.
Gracefully delicate like the egg shell, the white mate china produces round shaped forms which sets gently in space like in the delicate disposition in the nest.

The wood appears in the bigger water related areas like bamboo and willow trees soaking quietly their roots in the water edge.

The lighting of the room is assured by the vistual windows in the sitting areas and complemented by lighted vertical elements crossing the center space.
The resin wall and glass wall axis separate the distinctive areas by mater and light

The meditative posture of simplicity and purity of lines reflect in the philosophy design concept.

The elegant form in the water system transboarding like delicate canes and leafs leading the water down to the earth after falling a tropical rain.
The pure lines and simplicity of the space and treatment intended not to provoque any other feelings than rest, relaxation, refuge and confort. Trying not to demnad much optical stimulation and indeed gather the basic means for a well rested time in the hotel (bath)room creating almost like a meditating room where the mind can elevate from the body and travel to a distant peaceful natural landscape – miles away from our reality.



Thursday, December 15, 2005

Lisboa 15 Dezembro 2005, 19.20h


Mais uma noite fria que chega com o final de dia de trabalho, que nos deixa sem acção enquanto a longa espera pelo autocarro persiste.
Enquanto me refaço do frenesim do dia e começo a sentir a calma invadir, que chega com a noite, alguém quebra o meu estado de espírito ausente, que tanto prezo e que funciona diariamente, como o meu plano separador.

“Desculpe...é aqui o 82?”

A contínua ânsia por informações e insistentes dúvidas sobre a paragem começaram a deixar-me sem paz de espírito.

“...não passa aqui o 34 e o 107?”

Não sei, respondi eu, até há pouco a paragem era do outro lado, não sei que mais autocarros passam aqui.

“...desculpe, minha senhora, mas isso é falta de informação!”

Para quem me conhece sabe bem qual foi a expressão quando respondi:
“Pois e não é só minha!”

Mas parece que o meu tom sarcástico não foi suficiente para desmobilizar aquele monólogo.
Falava dos autocarros, de ir trabalhar até às 8 da manhã, pedia desculpa por ter sido mal educado ao ter feito uma pergunta sem ter dito boa noite, por estar a incomodar...mas sem, por isso, deixar de se calar.

E eu esperava por um momento de silêncio ...ansiava a vinda do autocarro que tardava em aparecer.

Finalmente, a tão aguardada chegada que iria pôr termo àquela intervenção regada com algum alcool e uso continuado deste.
Mas como o dia já estava a correr tão bem, cheio de precalços e acidentes que só me faziam rir, não podia esperar um desfecho tão simples e discreto.

Para meu azar, o sítio onde me sentei tinha um lugar vago em frente e pode-se já adivinhar quem resolveu ocupar o lugar.

Olhei pela janela e distanciei-me daquela realidade.
A tentação foi demasiada:
“Parece tão preocupada...” comentou quase genuinamente

Respondi a seco que ao fim de um dia de trabalho é normal estar desgastada.

Após um momento de silêncio, foi mais forte que ele – e trabalha em quê, se me permite perguntar.

Eu ponderei e resolvi que não estava com paciência para inventar uma personagem e respondi: em aquitectura

Os olhos esbulharam-se em resposta. A sério?! ...é arquitecta?
Acenei que sim, sem dar muita importância.
Eia...fazer ...( articulando gestos atrapalhados com as mãos, que indiciavam a figura de um arranha-céus) ...tem que se lhe diga...isso deve ser muito complicado.
Respondi que é um trabalho que envolve outros técnicos, que é um trabalho conjunto, tentando não lhe dar mais motivo para tanto fascínio.
De repente aquele ar de quem não diz coisa com coisa, transformou-se em interesse extremo.
Mas é estagiária...
Não
Mais esbugalhado ficou, mostrando os seu olhos suspeitamente raiados de vermelho.

Por entre divagações sobre o gorro que trazia na cabeça e o facto de conhecer muitos arquitectos e engenheiros, contou, já com uma lucidez impressionante, como era desenhador de barcos e como teve que recorrer a trabalho de segurança.

Ao fim de ponderar um pouco, confessou-se curiosamente espantado, pelo facto de no meio de tanta gente, naquela altura ter logo recorrido para informações, alguém de uma área que lhe não lhe era totalmente estranha.. que, como dizia um amigo (meu), um destes dias, o mundo é mesmo uma casca de noz.

Como se qualquer efeito anestesiante tivesse dissipado com aquela revelação, confessou ainda que qualquer dia teria de arrumar carros, para ter o que comer. Gosta da profissão de desenhador, mas o trabalho teima em aparecer. E com uma consciência impressionante, não se tentou vitimizar. Comparando a sua escassez de trabalho com a quase certa escassez na área da arquitectura. “Vocês também não devem estar melhor... “

Lá fora, ficava para trás uma gigantesca árvore de natal, esbanjadamente iluminada – ícone máximo de aparências – a maior árvore de natal da europa, à sombra da qual, sob as arcadas dormem tantos indigentes, que não fazem parte do record.

Antes de sair, agradeceu aquela conversa, apresentou-se formalmente e desejou felicidades. Retribuí o gesto e mergulhei de novo no meu mundo, sem deixar de pensar que não ia conseguir deixar de contar.

Continuo a achar que as mais insignificantes experiências do dia a dia, se não as deixarmos passar ao lado, podem ajudar a descortinar uma noção diferente e mais aprofundada da realidade.
...que é o que espero andar a fazer.

Monday, December 05, 2005

Jinga Beulas

Não há dúvida, não há como escapar, ele está aí e veio para ficar .
Hoje, de manhã, para o trabalho, no meio de bocejos e ramelas, heis que oiço
as tão temidas notas desafinadas.
Duas lindas crianças de 5 anos cantavam, no mais desafinado tom concebível,
aquela bela canção de Natal.
Há quem saiba, da irracional (ou talvez nem tanta) aversão que tenho a uns
certos eléctricos natalícios, que passam histéricos, por estas alturas,
pelas ruas de Lisboa...cheios de crianças, um condutor muito mal mascarado
de pai natal e uma música estridente, a ser bombardeada para a rua. Se as
crianças não vão excitadas para a viagem, dificilmente não a acabam nesse
estado.
È inexplicável, mas tal como a aversão a palhaços - profissionais ou
amadores - acontece. As roupas, os maneirismos e mais preocupante, aquela
atracção por crianças – nunca o consegui ver com bons olhos e agora, menos
ainda .

Mas voltando ao motivo, pelo qual escrevo, a melodia - começo a ouvir os
primeiros acordes vocais a desafinar.

Há certas recordações que gosto de manter bem enterradas no fundo da minha
memória, recordações tão deprimentes como os domingos escuros de chuva, com
o Engº Sousa Veloso a interromper os desenhos animados matinais, os
programas do Júlio Isidro que se estendiam pela tarde ou o Vasco Granja a
tentar dar uma ensaboadela cultural sobre paradoxo marxista, ao serviço do
grafismo leninista dos irmãos karpov. Também o Coro de Santo Amaro de Oeiras
não me trás recordações animadoras, e hoje de manhã, era só o que pensava,
ao som daquelas vozinhas angelicais e atrapalhadas, cuja inocência
transmitida, em nada correspondia às caras de peste dos seus donos.

“olhei para o céu e vi um ovo estrelado” sempre me pareceu mais divertido
fazer uma alusão a Objectos Voadores Não Identificados...

mas os dons interpretativos eram inegáveis. Penso que poderão vir a ter
futuro na cena musical...na onda dos filmes da série “Scary Movie” que
parodeiam os filmes originais...

...”vi o Deus-menino deitado, deitado” - não seria “nas palhas deitado”? ou
será um ênfase especial estar mesmo deitado-deitado? Também pode ser a minha
memória a trair-me.

...”filho de uma RODA, de um CABO nascido”
se soubessem o que eu, intimamente, agradeci por ter sido brindada com tal
pérola literária...

já nem me importei da constante repetição da música lenga-lenga
e confesso, que não melhorava com a prática ...nem a melodia, nem a afinação
e muito menos a letra :
...”filho de uma RODA, de um CRABO nascido” saiu à segunda.
seria caranguejo inglês que já morava cá há algum tempo? Ou um Cravo do
Norte?

Qualquer que fosse a ideia, estava lindo. Tenho pena de não poderem ter
ouvido em primeira mão, logo pela manhã, entre olhos inchados, bocejos
impulsivos e sorrisos forçados.