Monday, February 26, 2007

eu também

Sei q nem sempre o digo mas gosto, cada vez mais, de estar na tua vida;
Tenho descoberto a importância de ouvir aquilo que já sei no íntimo,
que nos faz ter a certeza do lugar que ocupamos na vida dos nossos,
que nos faz sentir vivos e nos dá força para quer ser melhor.

Gosto de ser uma das tuas pessoas

Mas mais ainda, que tu sejas uma das minhas

Sunday, February 25, 2007

ASK THE DUST


"You came
And conquered her world .

You try to seduce her .
She can't help it
But to play hard to get .

She resists
And resists
Until you become


...irresistible"


JOHN FANTE

CONTAR CARNEIROS

Saturday, February 24, 2007

UM SORRIR COR DE ROSA


Hoje vi uma rosa desabrochar
Vi-a iluminar-se ao observar por uma lente.
Vi-a colher os elogios merecidos.
A descobrir que merece a pena dar a conhecer o seu mundo,
Atrás dessa lente.
Vi as cores mudarem para um rosa mais vibrante
Sob a luz do flash, abrindo as suas pétalas de celofane

E por isso, continuo a sorrir.

Friday, February 23, 2007

UMA NOITE EM TUVA




Soube mesmo bem










Ir à boleia e buzinar às ovelhas

Tuesday, February 20, 2007

Está por todo o lado!!!




I'm not a people person


Por extrema necessidade, desço aos confins do inferno, cheio de guichets repletos de gente, que quase se comem para passar à frente.
O ar insalubre do piso -1 e as cores empasteladas de um cinza-acastanhado enevoam-me o dia, já de si cinzento e chuvoso.
Preencho os impressos e aguardo a minha vez. A confusão é geral.
A xinhora ládexima, pouco habituada a lidar com o mundo, aflige-se por não saber o que é “letra legível” nem “preenchimento uma letra por quadrado”.
A consultora de ocasião, que adora ouvir-se falar na sua voz estridente, teima em dar informações, mesmo quando não solicitadas. Para meu azar, está sentada a meu lado.
A xinhora continua a tentar que alguém, numa atitude condescendente (e falsa) lhe diga que não faz mal ter preenchido os impressos erradamente, que não vai ter que pagar mais 7,05€, nem voltar a tirar senha e tentar de novo a sorte com o preenchimento.
Tento, em vão, desligar-me mas o som do mp3 não dá mais alto.
A consultora reúne já, uma verdadeira legião de seguidoras que a ouvem atentamente, esclarecendo dúvidas junto do o seu oráculo especializado. Vão permanecendo à minha volta, demasiado perto para o meu gosto. Começo a fazer uma lista de coisas a tratar, para não me esquecer e estranho o silêncio. Olho para cima e a consultora e suas 2 seguidoras – que entretanto me encurralaram – olham atentamente, tentando deslindar os gatafunhos abreviados da minha lista.
A contagem decrescente continua número a número pela esganiçada voz da minha vizinha do lado.
Uma das seguidoras fala qualquer coisa que não oiço. Depois comenta “bem...vou mas é ouvir música”. O facto de se inclinar ligeiramente para o meu lado ao fazê-lo e em voz alta, leva-me a crer que devia ser uma resposta ao facto de eu estar de phones.
Finalmente a minha vez. Levanto-me rápido e aliviada por sair dali.

Sunday, February 04, 2007

SÓ 5


O cheiro a bafio invade as narinas. Na completa escuridão, acorda confuso, sem se poder mexer. O espaço confinado que pode adivinhar, obriga-o a manter os ombros encolhidos com os braços imobilizados, esticados ao longo do corpo. Não sabe onde está nem como ali foi parar. As mãos e os pés encontram-se presos e sempre que se tenta mover, uma dor aguda e lacinante faz-se sentir na ponta dos dedos.

De repente, uma luz, um monitor, uma gravação começa a tocar à medida que uma enorme lâmina oscila directamente acima de si.


Os dedos encontram-se imobilizados por alicates, minunciosamente cimentados ao chão, firmemente presos a cada uma das unhas.


A gravação continua e a figura patética de um roberto informa que dispõe apenas de 90 segundos para se soltar. Caso não o faça, a lâmina sobre si, que de cada oscilação, desce um pouco, irá dilacerá-lo com cortes sucessivos, milímetro a milímetro, até o trespassar por completo, em toda a sua altura.



A decisão precisa ser rápida...

Bonne Chance

Às vezes, o medo do que podemos ver reflectido nos olhos dos outros, pode agravar a sensação de falhanço.
Que a pena é uma constante lembrança da merda em que estamos.
Que castra a vontade e a força de dar a volta por cima.
Mas acredito que a verdade tem de começar em nós.
Que depende da nossa vontade, o poder de mudar.
Com o apoio dos que nos são próximos.
Perdoa-me se ficaram coisas por dizer ou conselhos por dar.
Mas há situações que, pelos vistos, não sei como lidar.
Se há palavras que ficam por dizer, o meu apoio, inquestionavelmente, vais sempre poder contar.

E que em breve, podermos olhar para trás e rir novamente.