Sunday, September 30, 2007

Bullit

Não pelo espetáculo como um todo
mas pela construção mental
que se desenrolou atrás dos meus olhos
em longos periodos de escuridão total
Sob a inquietante música de vinil
no relampejar dos movimentos mecanizados
A chuva desceu sob a cidade

Ao pequeno Feijanito


As boas vindas, Santiago Alquimista.
Para o ano cá nos vemos.

Friday, September 28, 2007

SOPRO DA VIDA

A realidade depende do sopro que lhe damos
!HAVE A MINT!

A LUZ IVE


She's a gambler spinning wheels,
The poison victim but look of steel.
The coldest hearts you've ever felt,
The coldest hands you've ever held.
ELUSIVE - SCOTT MATHEWS

Wednesday, September 19, 2007

J'arrive de mon rêve



Perco-me em Saint Michael,
No filtro de luz amarelo sobre a Pont Neuf
Nas Follies e com os artistas de rua reunidos no Georges Pompidou
Desço os Champs Elysees até ao Trocadero
Pelas esferas metálicas lançadas nos jardins da L'esplanade des invalides

Dans une brasserie je demande un café au lait
Revivo as memórias com Zach Condon a levar-me lá pela mão

<

Friday, September 07, 2007

here's to ...

the firery ice
burnt forever




in me

REFLECTIR

Vestígios que se desvanecem na superfície do tempo
mas que se adensam nas profundezas da memória


Wednesday, July 11, 2007

feel the force, young luke!

feel it at the edge of your gut
like a knot or a leech
where do you feel the music?
there, in the gut, having the guts...
feel it
give in to it
let its force climb up thought your throat
and expell it
singing it out loud

to my precious friend

Saturday, July 07, 2007

5 de julho...It's way too late

myspace layouts, myspace codes, glitter graphics
Can't you see what you've done to my heart
and soul ?
This is a wasteland now

...só que apenas fui dormir, verdadeiramente feliz.


We rejoice because the hurting is so painless
como que socado no fundo do ser para acordar e agarrar a dor com as duas mãos

NEXT EXIT 7 de NOVEMBRO

Friday, July 06, 2007

My parisian skies are in tribulations

4 julho em Máximo LCD...e pouco descanso

Myspace LayoutsMyspace LayoutsMyspace LayoutsMyspace Layouts

versículo 03.07.07

Recitar de uma Bíblia de Neon sob uma Arcada de Fogo



impossível não ficar com o estômago cheio de borboletas alucinadas.
parte de uma massa amorfa em uníssoco que cantou uma e outra vez,
from the top of the lungs

mesmo lá à frente a sentir o calor humano
Between the click of the light ...

o improviso

OBLIVIOUS

Chega e entra sem se dar ao trabalho de olhar em volta.
Não espera nem procura reconhecer ninguém.
Procura, sim, esquecer
Esquecer a pressão, esquecer a sensação de acordar e arrastar-se, a custo, para fora da cama, todas as manhãs.
Esquecer o recurso a doses de cafeína que falham em afastar o mau humor e o sono persistente.
Esquecer os dias que se arrastam e se prolongam em horas intermináveis.
Sacode a cabeça e fecha os olhos.
Abstrai-se dos muitos desconhecidos que a rodeiam e sente apenas a música a invadir-lhe o corpo e os pensamentos.
Só por esta noite, põe de lado a pesada carga que carrega nos ombros e dança ao som da música até à revitalizante exaustão.

Monday, June 25, 2007

Lizandro, onde estás?!!


foi para ali!!! - responde o duende bufo improvisado
e se a Hérmia acatasse suas insistentes denúncias
lá ia apanhar o Lizandro com as calças na mão, a correr atrás da Helena
...espera lá...e catou.
mas a Hérmia é uma gaija à moda antiga e se já se tinha deixado ficar noiva de um tipo q não suportava, só pq o paizinho mandou...então também faz vista grossa, à boa moda e bons costumes, e perdoa o seu gajo por ter ido atrás da sua amiga.
Mudam-se os tempos ...mas não o modo de agir

shake shake shake shake...spier - lá está, a actualidade do imaginário deste senhor

final de tarde, passeio pelos jardins
em romaria
Lizandro, onde estás? porque há sempre um Demétrio no bosque

Sunday, June 24, 2007

Sunday, June 17, 2007

PERDIDA NUM DIA DE CHUVA

FOTO BY ROSA DINIZ

DANTAS ERA O VERBO

O dilúvio adiou o sonho numa tarde de verão.
Calças molhadas até aos joelhos...ou mais, segundo outras opiniões
Exposição de arquitectura - evento de relevo, não fosse uma Trienal
Desconto para FNAC mas não para arquitectos.
Relembrem-me qual o papel da ordem, afinal?
Espaço estranhamente vazio
sem problema: apropriamo-nos do espaço e invadimos o vazio
Espírito alimentado, há que nutrir o corpo
E a branca mantém a conversa fluída.
Encontros furtivos mascarados de surpresa
...e a chuva continua a cair
Recolho-me ao meu espaço
Levando comigo mais alguma da água que cai insistente
foto by Rosa Diniz




yes master!

Decisões de última hora, mudança de planos.
Chegar atrasada, para chegar a tempo.
Encontrar antigos colegas e ser encontrada por colegas estimados.
Pôr as conversa em dia e ouvir calada.

"se gostou, visite-nos de novo"

Wednesday, June 13, 2007

CONTRA/SENSO

Há dias em que não me apetece escrever sobre a noite da sangria, a barafunda que é a invasão de Lisboa na trilionésima tentativa de assalto ao castelo.
No início era a ginja, ainda de dia, a descomprimir o bom comportamento de um dia de reuniões.
A volta da praxe pela Bica, o reconhecimento de possíveis locais onde assentar arraiais, com um grupo emprestado.
Voltas e mais voltas sem destino certo, cumpre-se a profecia – por estranhas e imprevistas forças, desço ao submundo dos pitbulls, com vista sobre o rio.
Grito, em vão, o nome de conhecidos que se deixam diluir na multidão.
Mouraria, beco em festa entre kizomba e brasileiras, fujo do fumo dos assados para sorrir perante os turistas que, em peregrinação, páram diante do altar que é o assador, de modo a imortalizarem o momento da viragem da sardinha.
Deixo-me levar pela massa humana, lentamente colina acima, como parte de um magma que contraria o efeito gravítico. Sigo religiosamente o António, lá alto, preso por um cordel, único marco reconhecível e visível de um grupo que acabei de conhecer.
Abandono o congestionamento, tento fazê-lo, vejo a bestialidade das pessoas na luta pela “sobrevivência” – o civismo é inversamente proporcional à quantidade de pessoas.
Ficam os grupos desistentes, os grupos desconhecidos, os grupos por encontrar, impossíveis de contactar numa noite em que a rede simplesmente desaparece.
Volto para casa, empacotada numa lata, com o cheiro a sardinha a estagnar o odor.

Há dias em que não me apetece escrever sobre a noite...
por isso não escrevo sobre ela.

Sunday, May 27, 2007

avestruzes, avestruzes e mais avestruzes




Tarde de Sábado
Volta ao Chiado em 180 galerias
Café no Saint Germain...capuccino e não café
Ao som de uma Winehouse corrosiva
Mais galerias, mais exposições
Avestruzes e mais avestruzes
pela mão da Gina Frazão
Contidas em tão exíguo espaço
Em ecoline ou aguada de café
Despertam as minhas memórias
Guardadas na velha caixa de pintura
Final de tarde em Vertigo
Art Nouveuax e o seu buraco negro
Quarto escuro forrado a preto
Apenas algumas velas nos chão
Iluminam a peça negra na sua posição central
O espaço isola os sentidos
O sol abandona um CCB deserto,
Sem um lugar protegido
Ir ao encontro da confusão sem o saber
Desvenda-se a multidão crescente
Apanhados desprevenidos na histeria da pirotecnia
Torna-se impossível o regresso tranquilo a casa
Passando a custo por entre as cabeças que se viram aos céus
Seguindo no sentido oposto
Fugindo da confusão

Thursday, May 17, 2007

Oberon

my fair(y) king:

Mal posso esperar por te voltar a encontrar
numa noite de verão, num sonho ou
quem sabe...antes disso

;)

Tuesday, May 15, 2007

FALLING IN LOVE

O vento brinca possesso com os seus longos cabelos que lhe chicoteiam o rosto.
Mal consegue abrir os olhos, mas sente o envolver reconfortante daquela força.
Os braços esticados ao longo do corpo, abrem ligeiramente em ângulo.
As mãos e os dedos entreabertos tentam agarrá-lo em vão.
O vento forte e indomado, que sobe pelo penhasco, soprado pelo mar revolto, mantém o seu corpo esguio e frágil como que suspenso por fios invisíveis.
Coloca o centro gravítico apoiado na ponta dos pés, num equilíbrio que desafia a lógica, mesmo à beira do declive.
Prolonga aquela dança, completamente seduzida pelo seu parceiro invisível, que a toma nos braços, deixando-a sem respiração.
Fecha os olhos e vira o rosto em direcção ao sol ameno de final de tarde.
Esboça um sorriso tranquilo e deixa-se finalmente cair para o abismo.

Thursday, May 10, 2007

Um minuto

De manhã fecho os olhos
E caio em breves sonos.
Através do vidro,
O sol morno aconchega a pele
Enquanto balanceio a cabeça ao sabor das paragens
Só um minuto ...acorda-me quando chegarmos

foto by RD

MICRO-ONDAS

Dia drenante com
esforço pós-laboral.
1st on the scene,
atendimento...de luxo, com piadinha e sem comprovantes


acende-se o Micro-ondas audio
Tá explicado o atrazo.
GrANDA MALUKA!...afinal, nem tanto
Ainda lhe falta um bocadinho assim.




pernas no ar

happy bithday com e as mais bonitas amigas de lisboa
na pedreira dos Húngaros entre
Kubrick e Jarre


Só faltou mesmo ...o ZEPEDRO!

Friday, May 04, 2007

Olhar para mim?

"Tal como a minha arte, as minhas tatuagens são minhas e só minhas, e é aqui que reside a minha necessidade de me esconder perante vós antes de as revelar.
(...)uma narrativa pictórica, uma história pessoal ilustrada, não necessariamente por ordem cronológica.


A localização de cada gravura é determinada pelo corpo, pela quantidade de dor que um determinado membro, osso ou músculo consegue suportar, e por quanta agonia ou prazer algum conhecimento causou ao sujeito.

(...) a localização ideal numa tela em constante mudança e degradação."

JILL CIMENT - THE TATTOO ARTIST

Tuesday, May 01, 2007

MISSED

Sentia aquele aperto contínuo a constringir, cada vez mais o seu estômago, enquanto agarrava o telefone com força, junto ao ouvido.
Permaneciam ambos em silêncio enquanto uma tristeza crescente invadia o seu íntimo.
Assim ficaram por algum tempo, sem proferir qualquer palavra, em sintonia de pensamentos e emoções, como tantas vezes fizeram, em silêncio, olhos nos olhos.
Soltando um suspiro profundo:
- ...eu...
- ...eu sei - interrompeu
Unidos por aquela frágil ligação, permaneceram calados por longos minutos, como que chorando em silêncio, o fim anunciado.