Sunday, January 27, 2008

o lugar comum

Fios de seda, entrelaçados
divergentes nos seus extremos,
Bem mais complexa que a simples teia,
não converge num ponto no espaço.

Elas vêm e vão
cruzam-se na vida em padrões indefinidos
E tudo o que podemo fazer
é apreciar o pouco tempo
em que fazemos desse tempo,
um espaço comum.
Aproveitar ao máximo,
em quantidade ou em qualidade,
construir as memórias de um passado,
cujo significado aquece a alma e define teu cerne

Não se sabe o que uma onda pode trazer, de novo, à costa
Não se sabe quando os caminhos se voltam a cruzar,
de novo
ou quando podemos dar uma ajuda ao fortuito ou ao destino,
a dar o 1º passo para isso acontecer.
um pequeno sinal pode sacudir a inércia
em que nós todos, inevitavelmente, caímos
um SE pode ser um pesado fardo a corregar
na incerteza
Nunca saberás se não tentares.

No mínimo descobrirás
onde te posicionas no tempo e no espaço,
não só no teu presente,
mas no de um outro fio de seda.


To Ana

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