Tuesday, May 01, 2007

MISSED

Sentia aquele aperto contínuo a constringir, cada vez mais o seu estômago, enquanto agarrava o telefone com força, junto ao ouvido.
Permaneciam ambos em silêncio enquanto uma tristeza crescente invadia o seu íntimo.
Assim ficaram por algum tempo, sem proferir qualquer palavra, em sintonia de pensamentos e emoções, como tantas vezes fizeram, em silêncio, olhos nos olhos.
Soltando um suspiro profundo:
- ...eu...
- ...eu sei - interrompeu
Unidos por aquela frágil ligação, permaneceram calados por longos minutos, como que chorando em silêncio, o fim anunciado.

Monday, April 30, 2007

Y TIENGO FLORES


AQUI

Sirvo a minha alma em pratos frios,
mas ostensivamente trabalhados
...gravados numa língua estranha.

Wednesday, April 25, 2007

custa não poder ajudar

resta a esperança de um dia passar

espero que tudo passe
em breve

Monday, April 23, 2007

SCROLL'n

um dia destes dei com um rato na minha cama

Sunday, April 15, 2007

Come with me...



Like the child on the shore
Running from and towards the sea
It came in waves
Playing with my senses

Draining slowly out of my strenghts
Pulling me further and further
Away from the shallow waters
Didn't realise until it was too late
By the time I regain my senses
I'd already drowned

...Gently embraced by the deps of the ocean

Thursday, April 12, 2007

GOSTO...MESMO MUITO

LEAN OVER A LITTLE MORE...AND YOU MIGHT FALL


e hoje estou para lá virada

Sunday, April 08, 2007

PILHAS RECARREGÁVEIS - A Solução Ecológica


E para todos aqueles que hoje viram ou mencionaram "cUêlhos"...


Bebam mais, para a próxima.


Uma dúvida: Onde vão as pilhas?



Um conselho - levem-no ao cinema. Pode ser que ele vos arranje mais amêndoas.

23

1+9+7+6
Eu já fui o nº 23 ...;)

IR OU NÃO IR, A QUESTÃO É DIVULGAR

É estranho constatar, junto com as restantes 15 pessoas da plateia, o impacto que tem uma sala quase vazia, nos intervenientes do espectáculo.
Conversa, praticamente pessoal, no final do espectáculo, a culpa é do sistema.
Apesar do cansaço, da falta de sono, da extensão propagada por 3 horas, é sempre divertido assistir a um Hamlet.
O sarcasmo, a causticidade, vestidas de peles, estolas, napa e botas da tropa.
A duvidosa orientação, que vai bem mais longe que o misógeno:
"Leviandade, teu nome é mulher."
"Foi curto. Tal como o amor das mulheres." (será mesmo?)


"(...) que indigna criatura acreditas que eu seja?
Tocar-me-ias como um instrumento;
Tentarias aparentar conhecer os meus buracos;
Arrancar-me-ias os meus mais íntimos mistérios;
Pretendes tocar-me, desde a nota mais grave até a mais aguda de meu compasso;
E há muita música, excelente voz, neste pequeno órgão.
No entanto, não o consegues fazê-lo falar.
Pelo sangue de Deus! Pensas que eu seja mais fácil ser tocado que uma flauta?
Toma-me pelo instrumento que quiseres mas por muito que me dedilhes,
posso garantir-te que não conseguirás tocar-me(...)"
*Acto III, Cena II

Cheira-me a bem mais podridão no reino da Dinamarca, do que o simples chauvinismo, principalmente, se tivermos em conta que já lá vão uns 500 anos.

E vê-la retratada, é muito mais esclarecedora.


Foi catita, sim senhora.
E quantas vezes, podemos dizer, que ao assistirmos a um espectáculo,
a mente divaga numa viagem odorífera para as memórias de infãncia,
de tardes enfiada na casa atafulhada e bafienta das duas vizinhas velhotas,
a tomar chá e bolachas entre cortinas de veludo azeitona ?
(Freaks me out)

Mas sempre divertido.

"...o Terramoto..uma merda ! O outro...execrável! "
E os Malucos do Riso? - questiono, eu

Sabem sempre bem, as últimas conversas, mesmo antes de dispersar.
E o café, para bem breve, por favor!

(E espero que o Rosencrantz me perdoe, pelas impulsivas referências torcistas ao seu personagem)

Ide,
Hamlet por vós espera
No Trindade até ao final do mês
---

* Acto III, Cena II
"Why, look you now, how unworthy a thing you make of me!
You would play upon me; you would seem to know my stops;
you would pluck out the heart of my mystery;
you would sound me from my lowest note to the top of my compass:
and there is much music, excellent voice, in this little organ;
yet cannot you make it speak.
'Sblood, do you think I am easier to be played on than a pipe?
Call me what instrument you will, though you can fret me,
yet you cannot play upon me."

Friday, March 16, 2007

ESTOU À ESPERA DO TEU TEMPO


Falaste-me um dia,
mas não da primeira vez,
da primeira vez que estiveste mal.
Falaste-me dos teus problemas e
ficámos de nos encontrar.
Mas mais nada soube de ti.
Ficou tudo no ar,
mas espero que estejas bem,
ou andando, por assim dizer.
Que eu por aqui estou
à espera de te encontrar.

Thursday, March 15, 2007

MALDITA DELICADEZA DA CASA


Nem o crepe mole, nem a comida desensaibida ensombraram a risota.
Concurso pauzinhos vs talheres.
Parece-me ouvir em mandarim, com voz saudosa: "No meu tempo, 5 litros de arroz custavam uma pataca..."
Até engasgo de coca-cola com direito a projecção, em comprimento, sobre a mesa.
"Isto hoje está animado! Tomem lá uma aguardente chinesa para daqui a nada falarem chinês"
Como se a coca-cola não bastasse...
Vai de shot, o brinde à palhaçada.
Não faz efeito absolutamente nenhum...mas o efeito de ressaca, aparece passado uma hora.

Wednesday, March 14, 2007

A VIDA É ASSIM

Como o paradigma do cruzamento das linhas concorrentes

Tuesday, March 13, 2007

NO FINAL


O que interessa é a memória que deixamos
sobre o que criámos e as pessoas que tocámos
...não deixar passar em branco

Tuesday, March 06, 2007

O GOSTO DEPOIS DA TEMPESTADE


In an ocean of noise
I first heard your voice
Ringing like a bell
As if I had a choice, oh well!

Left in the morning
While you were fast asleep
Into an ocean of violence
A world of empty streets

You've got your reasons
And me I've got mine
But all the reasons I gave
Were just lies to buy myself some time (...)

Saturday, March 03, 2007

O MEU LUGAR

foto by Rosa Dinz

digam lá se a fotógrafa não tem jeito...

MOMENTOS ROUBADOS





fotos by Rosa Diniz

Monday, February 26, 2007

eu também

Sei q nem sempre o digo mas gosto, cada vez mais, de estar na tua vida;
Tenho descoberto a importância de ouvir aquilo que já sei no íntimo,
que nos faz ter a certeza do lugar que ocupamos na vida dos nossos,
que nos faz sentir vivos e nos dá força para quer ser melhor.

Gosto de ser uma das tuas pessoas

Mas mais ainda, que tu sejas uma das minhas

Sunday, February 25, 2007

ASK THE DUST


"You came
And conquered her world .

You try to seduce her .
She can't help it
But to play hard to get .

She resists
And resists
Until you become


...irresistible"


JOHN FANTE

CONTAR CARNEIROS

Saturday, February 24, 2007

UM SORRIR COR DE ROSA


Hoje vi uma rosa desabrochar
Vi-a iluminar-se ao observar por uma lente.
Vi-a colher os elogios merecidos.
A descobrir que merece a pena dar a conhecer o seu mundo,
Atrás dessa lente.
Vi as cores mudarem para um rosa mais vibrante
Sob a luz do flash, abrindo as suas pétalas de celofane

E por isso, continuo a sorrir.

Friday, February 23, 2007

UMA NOITE EM TUVA




Soube mesmo bem










Ir à boleia e buzinar às ovelhas

Tuesday, February 20, 2007

Está por todo o lado!!!




I'm not a people person


Por extrema necessidade, desço aos confins do inferno, cheio de guichets repletos de gente, que quase se comem para passar à frente.
O ar insalubre do piso -1 e as cores empasteladas de um cinza-acastanhado enevoam-me o dia, já de si cinzento e chuvoso.
Preencho os impressos e aguardo a minha vez. A confusão é geral.
A xinhora ládexima, pouco habituada a lidar com o mundo, aflige-se por não saber o que é “letra legível” nem “preenchimento uma letra por quadrado”.
A consultora de ocasião, que adora ouvir-se falar na sua voz estridente, teima em dar informações, mesmo quando não solicitadas. Para meu azar, está sentada a meu lado.
A xinhora continua a tentar que alguém, numa atitude condescendente (e falsa) lhe diga que não faz mal ter preenchido os impressos erradamente, que não vai ter que pagar mais 7,05€, nem voltar a tirar senha e tentar de novo a sorte com o preenchimento.
Tento, em vão, desligar-me mas o som do mp3 não dá mais alto.
A consultora reúne já, uma verdadeira legião de seguidoras que a ouvem atentamente, esclarecendo dúvidas junto do o seu oráculo especializado. Vão permanecendo à minha volta, demasiado perto para o meu gosto. Começo a fazer uma lista de coisas a tratar, para não me esquecer e estranho o silêncio. Olho para cima e a consultora e suas 2 seguidoras – que entretanto me encurralaram – olham atentamente, tentando deslindar os gatafunhos abreviados da minha lista.
A contagem decrescente continua número a número pela esganiçada voz da minha vizinha do lado.
Uma das seguidoras fala qualquer coisa que não oiço. Depois comenta “bem...vou mas é ouvir música”. O facto de se inclinar ligeiramente para o meu lado ao fazê-lo e em voz alta, leva-me a crer que devia ser uma resposta ao facto de eu estar de phones.
Finalmente a minha vez. Levanto-me rápido e aliviada por sair dali.

Sunday, February 04, 2007

SÓ 5


O cheiro a bafio invade as narinas. Na completa escuridão, acorda confuso, sem se poder mexer. O espaço confinado que pode adivinhar, obriga-o a manter os ombros encolhidos com os braços imobilizados, esticados ao longo do corpo. Não sabe onde está nem como ali foi parar. As mãos e os pés encontram-se presos e sempre que se tenta mover, uma dor aguda e lacinante faz-se sentir na ponta dos dedos.

De repente, uma luz, um monitor, uma gravação começa a tocar à medida que uma enorme lâmina oscila directamente acima de si.


Os dedos encontram-se imobilizados por alicates, minunciosamente cimentados ao chão, firmemente presos a cada uma das unhas.


A gravação continua e a figura patética de um roberto informa que dispõe apenas de 90 segundos para se soltar. Caso não o faça, a lâmina sobre si, que de cada oscilação, desce um pouco, irá dilacerá-lo com cortes sucessivos, milímetro a milímetro, até o trespassar por completo, em toda a sua altura.



A decisão precisa ser rápida...

Bonne Chance

Às vezes, o medo do que podemos ver reflectido nos olhos dos outros, pode agravar a sensação de falhanço.
Que a pena é uma constante lembrança da merda em que estamos.
Que castra a vontade e a força de dar a volta por cima.
Mas acredito que a verdade tem de começar em nós.
Que depende da nossa vontade, o poder de mudar.
Com o apoio dos que nos são próximos.
Perdoa-me se ficaram coisas por dizer ou conselhos por dar.
Mas há situações que, pelos vistos, não sei como lidar.
Se há palavras que ficam por dizer, o meu apoio, inquestionavelmente, vais sempre poder contar.

E que em breve, podermos olhar para trás e rir novamente.

Sunday, January 28, 2007

OS SIGNOS NÃO SÃO SUFICIENTES

Nem todos os sentimentos são traduzíveis por palavras.
Porque as palavras não são suficientes para os descrever.
E as palavras podem ser enganadoras.
Demasiado pensadas arriscam-se a ser menos fieis aos sentidos e mais subjugadas à razão.
Por isso deixo-te descobrir nas entre linhas de cada olhar, em cada silêncio, em cada palavra dita e em cada que fica por dizer.

memórias

Percorrendo a estrada deserta e sinuosa naquele dia quente, a paisagem árida estendia-se até se perder de vista, pela erva seca que há muito conquistara as formações graníticas, numa perfeita alusão ao imaginário de uma charneca escoceca. Alguns kilómetros adiante, o deserto rochoso inciava um processo de transição, dando lugar a pequenas elevações que, num jogo de surpresas, deixavam agora vislumbrar um caminho sinuoso descendo, serpenteante até ao rio.
As oliveiras pontuavam todo o declive e as ruínas que se debruçavam na encosta, relembravam a força esmagadora que é o tempo. O vale abria-se a pique, reflectindo apenas uma pequena porção de rio.
Parei, sentei-me num pequeno muro que bordejava a estrada e deixei-me ficar. Deixei-me envolver pela tranquilidade, absolutamente inalterada pelo tempo.
Respirei fundo e parti à descoberta, deixando para trás a agitação dos últimos dias, que me drenara as energias.

Sunday, January 21, 2007

Thursday, January 18, 2007

Adeus ao ar que o Gio teve

Fico contente pela coragem de mudares.
Vou sentir saudades de te ler.
Mas de ti... não, não vamos dar hipótese disso acontecer.
;)
café para breve

Sunday, January 14, 2007

LEDBOMBING...onde?


LEDBOMBING - intervenção de rua, grafitty luminoso, por Led throwie - pequena luz ( led ) ligada a uma pilha pequena e a um iman. Junção artesanal através de fita cola. Usada essencialmente de noite e em locais magnéticos.


Era uma vez um acontecimento, um verdadeiro happening prestes a rebentar num sábado, ao início da noite.
Imitando uma série de esperiências por "profissionais" da arte urbana novaiorquina, Lisboa teve agora a sua 1ª experiência...ou podia ter tido.

Lançar leds a uma escultura, que de pouco tem de superfície para intervenção, num local demasiado iluminado, com apenas uma mão cheia de leds de 3 cores (dos quais metade, foram parar aos bolsos dos espectadores) ...não preciso dizer mais nada.

Fiquei-me a questionar, como uma imagem tão engraçada pode ter tido uma materialização tão pobrezinha

boa sorte para a próxima!

Sunday, January 07, 2007

Socialmente inconveniente ?


...pois, nota-se pelos olhos que não estás muito bem - conclui, em tom paternalista.
...não, isto é pintado - surge a resposta em jeito de provocação cómica
(silêncio)

Há muito tempo que não era brindada com aquele olhar estupefacto, de quem tenta processar o conceito de que, afinal, aquela particularidade era uma escolha voluntária, não tendo qualquer relacionamento com problemas de saúde, cujos sintomas tinham sido impossíveis camuflar, naquela noite.

...ahhhhh... isso de pintar os olhos de vermelho é muit'à frente ! - tenta-se desculpar pela gafe cometida.

Sorri e continua a conversa, tendo a confirmação de que se encontrava num contexto completamente afastado da sua realidade, onde não só as aspirações de vida como a simples aparência exterior, não podiam estar mais distantes das suas.
Divertia-se, no entanto, com a perfeita noção de que voltara a envergar orgulhosamente o seu "eu", que há tanto ficara dormente e obscurecido pelo papel que foi obrigada a vestir.
O papel que a obrigara a ficar sob as luzes da ribalta, que despertava no espectadores um misto de pena com uma insaciável necessidade de alívio, ao tentar saltarem para o final feliz, mas do qual, agora, como comprovava, se conseguira ver livre de vez.

Saturday, January 06, 2007

Vamos comemorar!


"Não era giro comemorar as épocas festivas, aqui no local de trabalho" - tipo casual friday mas mais, holiday costume...


"qual é a próxima?"



Hoje é dia de Reis!


Põe a coroa e veste o teu manto
...seremos os Três Reis Magos Mariachi!


Tuesday, January 02, 2007

ANO NOVO ...

...mudanças à porta.
Será da ausência do frio, da magia do 7, do poder curativo do tempo que já passou, mas este ano estamos a começar bem e sem amigas de apoio bi ou unilateral.
...bye bye muleta!