Thursday, April 24, 2008

Sunday, April 13, 2008

Thursday, April 10, 2008

JUMP IN TO THE SWSX CROWD

2 semanas a sentir-me como lixo
tusso o ar que me sustenta
Medicada até ao limite da consciência
Tento aguentar os dias entre náuseas de sonolência
arrasto-me por 2 semanas
sem saber se prefiro a cura ou a doença
Remouo o dia em que te conheci, maldita codeína.
Domingo em grande
o susto que me obrigou a escalar as paredes do poço
a voltar a ver a luz do dia e a cheirar a erva molhada.

Em sintonia com tudo à minha volta
completamente isolada na minha bolha
Num transe contagiante
com sabor retro 80

A saltar, tomada de assalto,
por uma estranha sensação de deligh interior

Friday, March 28, 2008

STRANGE TIMES - THE BLACK KEYS

is to be sick as hell
high or low on codeine
nauseous and sleepy
being hit on by the employee of the month
while waiting for your copies to be done
the whole afternoon
while the rally storms outside

Saturday, March 22, 2008

EU VI! EU VI UM COELHINHO!




Deve ser o fim de semana mais alucinante, a seguir ao Natal
Já me esquecia da camioneta coberta por um lençol
onde nele é projectado, continuamente,
3 ou 4 slides de diferentes ângulos de uma cruz,
em procissão à velocidade de lesma
onde, pelas ruas da minha vila,
ecooam em câmara lenta,
algumas dezenas de idosas
enquanto reflectem pelas ruas
o brilho de várias tonalidades,
de roxo e rosa dos seus cabelos

Wednesday, March 19, 2008

LEI DE MURPHY ou LEI DE FINAGLE

Inicio a 3ª em pleno voo
de 3 degraus apenas
o suficiente para pensar na vida
Só um susto, nem por isso sentido na totalidade
já que os sentidos ainda estão adormecidos
No automatismo da rotina
Fica o lembrete, em post-it sensitivo
de uma coxa magoada e um diafragma dorido.
Ahah ah AU


A Primavera enrubesceu
O frio retornou depois de longa ausência.
Saudoso...carícia cruel
ao varrer-me com o seu vento gélido



E detesto o ambiente das galerias
Ficar entre polinsaturados
Socialmente ransosos
The survival of the fitest
Sem hipótese de refúgio absoluto na minha bolha

na minha bubble, como alguém,
um dia, tão bem definiu.

Sunday, March 16, 2008

ME(M)NOIR






EUGENE

and her Great Escape

manwhore

...quando eles são umas prostis




e ó Gameiro,
quem te disse a ti,
que espreguiçares-te em público
dessa maneira,
gesticulosa, expansiva e infantil,
ganhavas pontos nas artes de sedução?

Tuesday, March 11, 2008

THE GREAT ESCAPE

on a thursday night



e então como foi?
absolutely fucking amazing

MOLHO RADIOACTIVO

Gambas, Linchies e ananás, ao molho Sunny Delight



estranho,
mas não deixa de saber bem

Sunday, March 09, 2008

RECIPROCATE


SU REAL













Depois da Su, o RE.AL
o bind date
de palavras soltas
até ao entendimento
Nicolas et Laurence
Cie.7273, la folk americane en français
imagino a tosquia
c'est bizarre
la tour du RE.AL
a preversão espreita os sanitários da estação
ao cruzá-lo, tosse um "PERVERT!"
cuspindo com asco a categorização
Almada Jabuticaba
um pé de dança
dois dedos de conversa
em rescaldo do cultural surreal
de um bolo quente regado por etanol
o final de um Shakespear entre as trevas
e um movimento perpetuado

Diz, Démona...

Não, a Démona prefere ficar em silêncio



Sunday, March 02, 2008

SER BIO-VERDE OU SER SUSTENTÁVEL

Demagogias à parte, acho que se deve, cada vez mais, ter consciência e agir de acordo com ela.


Sem propagandas, sem imposições de moral, atesto apenas ter um gosto diferente.


Um gosto físico, de paladar

e um gosto interior, de consciência.


Agora, também no Mercado da Ribeira, é possível fazer compras na LOJA DO MUNDO , com alguma variedade de produtos de comércio justo , desde o artesanato a produtos alimentares.


O chocolate é indescritível - arruma o chocolate corrente um canto, pela ausência de químicos - é verdade, muitos produtos têm a designação BIO, não activo(yes, it was a joke) , mas de produção biológica.

Fui aqui encontrar quinoa, que costumo comer na macrobiótica. Este, o arroz violeta tailandês, o café sul americano e africano, são as minhas últimas aquisições.

Para os mais cépticos, podem sempre pesquisar uma das importadoras, a OXFAM e ler o rótulo dos produtos onde consta a descriminação para quem reverte as várias percentagens dos custos - produção, embalagem, exportação, distribuição e criação de meios educativos locais...e pelo mesmo preço, questionem-se para onde vai parar o lucro dos produtos de comérco convencional.

6 meses após ter comprado Yerba Mate numa TeaHouse em Convent Garden, encontrei uma bombilla a preço justo (a menos de metade do que lá estavam a vender) vinda do paraguai.

O resultado não podia ser outro ...papilas gustativas escaldadas à 1ª chupada, mas não sou de desistir.

O Narguilé (comprado na Jordânia) sempre correu melhor - mesmo com o nakla de chocolate e menta comprado ao chamuça de Camdem

Não sei se pode ser enquadrado no mesmo espírito, mas ajudou o comércio local e o emigrante, como a maioria dos recuerdos que tenho.
...e a produção de CO2 contém menos químicos que ficam retidos no filtro de água.



Voltando ao equilíbrio mundial, dos pequenos grãos de areia atirados ao charco - parece que não, mas sempre criam pequenas ondas de deslocação à superfície....e com o acumular no fundo, nunca se sabe...


No Natal, em dilemas de princípios de consumismo, resolvi oferecer um gift certificate KIVA.

Vendi a ideia a quem o ofereci, como uma forma mais humanitária de jogar sim's online:

Em resumo, Kiva é mais uma OMG que facilita e cria condições para o comum dos cybernautas poder emprestar dinheiro a países subdesenvolvidos, através de associações de micro-crédito.


De uma lista de candidatos que é apresentada é possível escolher, com base no valor, na área de negócio, região, etc, a quem atribuis o teu investimento de micro-crédito.


Como em países de 3º mundo, muito pouco pode fazer milagres, o mínimo de entrada é 25$ que hoje em dia, ronda os 17€...um livro ou um cd.

Como ficas associado a outros investidores, facilmente o valor do empréstimo pode ser reunido e atribuido.


É possível fazer o acompanhamento do estado do empréstimo, que ao fim de 12 meses é devolvido aos investidores . Podes voltar a investir, reverter em merchandising ou doar o valor.


A minha única exigência foi que continue a ser investido.

E por esta altura, anda uma Uganesa, toda contente, a vender o seu stock de matooke - já agora, matooke, é uma espécie de banana-macaca e não sandálias em segunda mão, como nos chegámos a questionar, com base na foto.





Sei que não vou mudar o mundo, mas vai tendo um gostinho especial

Monday, February 25, 2008

HIT ME LIKE A TOM

Feel like I'm gonna ignite




Distorções
pedais de efeitos
contagiante
frenesim musical
cordas partidas
camisa ensopada
o sumirem-se palavras por cantar longe do micro
as pilhas
e que pilhas
baterias inesgotáveis


Rendi-me logo nos pedais de efeitos

Saturday, February 16, 2008

URGE



Mergulhar no olhar
a atenção
desafios silenciosos trocados
o sorriso tímido
aproximação em movimento arrastado
tocar ao de leve o cabelo
respirar fundo
sentir o doce perfume
encher os pulmões com a tua essência
o arrepio
o doce arrepio
fecho os olhos
sentir o tremor dos joelhos
sorrio
as borboletas voam descompassadas
os dedos divagam
buscando
aprendendo
lendo o Braille
dos corpos que se confundem
decorando todas as linhas
os traços
as superfícies
até à exaltação

Thursday, February 07, 2008

IF STELLA WAS A DIVER

...SALLY FIELD IS A SUBMERSIBLE


movo-me em automático
as mesmas caras
os mesmo caminhos
inconsciente
quando consciente
longe

as mesmas personagens
as mesmas esquinas
as luzes segredam o crepúsculo
atravesso a confluência das 4 pontas
os mesmos espectros guardam a rua

surpresa
reconhecimento de uma feição
não é Stella mas uma Sally Field

a mesma actriz
numa diferente encenação
num diferente argumento
num diferente cenário
daquele que partilho
a confluência das 4 pontas
abriga mais fantasmas
que o eléctrico

aqui, onde na rua
é chamado (o) desejo

Tuesday, February 05, 2008

E onde é que eu estava ?

...Ontem à noite

Ligeiramente ébria de sono, aterrando de pára-quedas na sala quase vazia – sem grande conhecimento da banda, total desconhecimento da 1ª parte, um nome numa lista, uma descoberta, basicamente, em formato chapa zero.
Surpresas não faltam – afinal reconheço o vocals da 1ª banda – deixem as surpresas começar.
A escassa assistência, mas altamente entusiasta, parece-me demasiado com um alargado grupo de amigos da banda – duplamente deslocada, mas nem por isso, num sentido depreciativo, vou parar mesmo no meio do seu domínio.
Continuo a achar que não há nada, como tomar contacto com um trabalho musical, pela primeira vez, como a ferro e em prova de fogo – ao vivo, sem efeitos.
30 segundos apenas, segundo o Diogo, é quanto basta, para tirar a 1ª impressão.

Para o grande momento da noite, poucos, mas electrizados desde o 1º acorde, revelam o verdadeiro estatuto de banda de culto. Espasmos corajosos, histeria em danças descontroladas erguem-se na assistência, valendo no final, um genuíno e surpreendido agradecimento, com uma distribuição de voluntariosos apertos de mão à plateia – uma dupla actuação para os dois lados do palco, com uma banda completamente rendida e tomada de surpresa, revelando uma clara humildade e apreciação pelo impacto desferido.
Por contraste, numa posição destacada, exactamente em alinhamento com o olhar de um estranho Tim Burgess, alguém na assistência, num estado catatónico em completa de absorção, uma presença estática mantém-se hipnoticamente focalizada no palco.
You’re so pretty, repente apontando, precisa e directamente na sua direcção, quebrando os gestos generalizados e abrangentes até ali.
Dois exemplos de uma simbiose energética, de interacções momentâneas, nas quais as actuações fixam os momentos.

Com uma já alargada actuação, brindam o público rendido e extasiado com uma verdadeira e delirante live jam session, onde um frenético órgão, obriga a rendição de qualquer bastião de indiferença.
Nada me podia ter preparado para a falta de entusiamo com que fui assistir esta actuação, excepto algo que ouvi um dia “ The Charlatans are absolutelly great playing live, much better than making records” e ontem, em absoluto, foi a confirmação.



foto por João Carneiro da Silva

Saturday, February 02, 2008

Give in2



I lie awake
at night in my room
thoughts rush into my head
can't sleep
tossing and turning
in the void
with you
always and ever
present
lurking
my fingers have blead
my throat's sore
but no one can hear me
can't stop thinking of...
whY
sinking into...
Oh
how I hate...
U
For making me feel
so
much

Friday, February 01, 2008

BEWARE OF THE RECURRENT i


Passing throught books
Looking at photographs
Portraits frozen in time
Releasing my mind
by the sound of the night
The hello
the goodbye
...so shy
The gazing eyes
meeting so right
in clandestinity
in disguised
by your side
oblivious
not a hint
of the silent stir
of our stillness

unleashing...not quite

makes it irresistable
because that's you and I


...and her by your side

À DESCOBERTA

Ao final do dia,
sair do trabalho
Deixar a mente divagar,
devagar
descobrindo novos sons,
ao vivo
sem arranjos,
sem disfarses.
SEAN RILEY and the SLOWRIDERS
partindo no caminho meio azul,
tingido por uma épica saudade.
...
Farewell

Wednesday, January 30, 2008

SUSTENTABILIDADE

Se há sítio para ouvir Maison de mon rêve, é ao início da tarde, num vértigo de verdes, entre o pistácio e o menta. Afundar no sofá, rodeada de retratos envelhecidos, espelhos dourados, copo de café numa mão e políticas urbanas na outra. Reconheço entre mapas e referências locais, memórias recentes aplicadas à teoria. Com Brazilian Sun no ouvido, sob o bulício do almoço, marcas nas paredes de slogans meio apagados, tentam-se agarrar aos poucos vestígios da sua ténue existência, sob o olhar atento das libélulas deco, à luz floral pintada, no plano vítreo do tecto.
Subitamente, a pedra irregular desertifica-se, as antigas cadeiras de madeira com assentos multicolores assumem a presença à mesa e Lhasa de Sala invade a sala. Duas sonoridades, tão díspares em tantos aspectos, mas tão apropriadas ao mesmo espaço
...ao momento
ou ao espírito?

Sunday, January 27, 2008

o lugar comum

Fios de seda, entrelaçados
divergentes nos seus extremos,
Bem mais complexa que a simples teia,
não converge num ponto no espaço.

Elas vêm e vão
cruzam-se na vida em padrões indefinidos
E tudo o que podemo fazer
é apreciar o pouco tempo
em que fazemos desse tempo,
um espaço comum.
Aproveitar ao máximo,
em quantidade ou em qualidade,
construir as memórias de um passado,
cujo significado aquece a alma e define teu cerne

Não se sabe o que uma onda pode trazer, de novo, à costa
Não se sabe quando os caminhos se voltam a cruzar,
de novo
ou quando podemos dar uma ajuda ao fortuito ou ao destino,
a dar o 1º passo para isso acontecer.
um pequeno sinal pode sacudir a inércia
em que nós todos, inevitavelmente, caímos
um SE pode ser um pesado fardo a corregar
na incerteza
Nunca saberás se não tentares.

No mínimo descobrirás
onde te posicionas no tempo e no espaço,
não só no teu presente,
mas no de um outro fio de seda.


To Ana

P.O.W.

Like a car wreak
you're driven by desire
a snowplow devouring all boundaries
indulging in every craving

with no escape from the waves
that came crashing through my airspace
keeping me under
struggling to the surface
unpowered to swim away

helding me captive
with words
with gestures
so misleading
promisses
of a future you imagined
when all you had to offer
was an weary misconception of life
under bright lights unveiled

Tuesday, January 22, 2008

POR DIZER















Vou virar a última página,
vou fechar o livro,
arrumá-lo numa estante ou
exilá-lo no fundo de uma gaveta.
Vou apagar todos os vestígios
Remover-te da minha pele
Até restar apenas uma lembrança segura
Para quando nos cruzarmos
sorrirmos com à vontade.
Quebrando o desconforto dos
silêncios que se prolongam,
pelo entrecruzar de olhares furtivos,
onde são articuladas todas as palavras
que a língua se recusa a proferir

Friday, January 18, 2008

LIKE A DAISY IN MY LAZY EYE

Disappear in the sweet, sweet gaze

See the living that surrounds me

Dissipate in a violet place







Paul Banks

Saturday, January 12, 2008

TONIGHT I FEEL LIKE DANCING


NÓ NA GARGANTA

You could be happy
and i won't know
But you weren't happy the day i
watched you go.
And all the things that i wish i
had not said,
Are played in loops till
it's madness in my head.
is it too late to remind you
how we were?
But not our last days of silent
screaming blur.
Most of what i remember
makes me sure
I should've stopped you from walking out the door.
You could be happy
i hope you are
You made me happier
than I'd been by far
Somehow everything i own,
smells of you
and for the tiniest moment
it's all not true.
Do the things that you always
wanted to
Without me there to hold you back,
don't think
just do
More than anything i want
to see you (...)


Gary Lightbody

Tuesday, January 01, 2008

estamos apenas no início

altura perfeita para tomar coragem e
agir em consonância c a busca de felicidade


só tu a podes buscar

Wednesday, December 26, 2007

Kiss you goodbye

Sob a ténue luz que invade o quarto,
de um néon rúbio intermitente,
passos furtivos esgueiram-se pela porta,
ao compasso do lento arder do cigarro,
que repousa, esquecido, na beira do cinzeiro improvisado.
Numa dança cega, memorizada por repetição,
contorna com precisão os obstáculos do quarto.
Alheia aos movimentos silenciosos,
camuflados pela escuridão,
permanece mergulhada num sono profundo,
com a alma aconchegada,
ainda ignorando a traição desferida.
Perguntas que permanecerão sem resposta,
ao abrigo da cobardia que se protege
na mudez de um trinco que insiste em não denunciar.
Traição que se desvanece
na memória inconsciente
de uma última carícia,
com os seus dedos ágeis a passearem pelos cabelos,
selando com cinismo,
a promessa de um beijo.

Sunday, December 23, 2007

Thursday, December 06, 2007

PERFINST PRIVADA

Fragmentos de memórias que não vivi, momentaneamente descongelas da animação suspensa em que permanecem, acorrentadas a um cenário, assustadoramente frio e intimidante.

Rompidas pelos gritos lancinantes que gelam os ossos, uma surpresa no virar de cada página.

Lá fora, a neblina espessa mantém-nos isolados, no imaginário sem presente definido, onde o visionamento privado impede o passar despercebido.

Depositado na pedra fria, onde outrora jaziam os corpos inanimados de animais, permanece imóvel e despido de um final.

Wednesday, December 05, 2007

IN-SANIUM na bolsa?

Quando há falta de que fazer, confere-se trackings e site meters

e descobri hoje que tenho o in-sanium na bolsa


uma bolsa de blogs fictícia


...e o in-sanium é aqui?!



pelo menos parece bem cotado,
espero que não venha de lá um takeover ou uma OP

Saturday, December 01, 2007

À NOITE, ELES SE ARRASTAM


Imagens fraccionadas dos que rodeiam
Despidos do seu social e da sua função
Espectros que se cruzam na noite
Apenas deixando atrás, um rasto do seu ser
Indícios que se desvanecem num segundo
Numa imagem que já esqueci

FROM TATE


Thursday, November 29, 2007

Mr Dylan

Though I know that evenin's empire
has returned into sand,
Vanished from my hand,
Left me blindly here to stand
but still not sleeping.
My weariness amazes me,
I'm branded on my feet,
I have no one to meet
And the ancient empty street's too dead for dreaming.
...
Then take me disappearin'
through the smoke rings of my mind,
Down the foggy ruins of time, far past the frozen leaves,
The haunted, frightened trees,
out to the windy beach,
Far from the twisted reach of crazy sorrow.
Yes, to dance beneath the diamond sky
with one hand waving free,
Silhouetted by the sea, circled by the circus sands,
With all memory and fate driven deep beneath the waves,
Let me forget about today until tomorrow.
Mr Tambourine Man

Saturday, November 24, 2007

Overdose in Wonderland




Cumpro, por fim, a visita há muito prometida.
Já de noite, afasto-me do movimento de retorno a casa e sigo pela rua vazia até ao velho edifício, que há tanto conhecia devoluto e que vive agora a mais bela história de terror.
Deliciosa viagem ao outro lado das histórias encantadas, entre guloseimas agridoces, ao som das mais pérfidas histórias infantis. O afogamento pelo amor em excesso, a sua toxicidade e o horror que se esconde num sorriso inocente de criança.
Uma escolha cénica que se estende aos mais pequenos detalhes, a materialização do vosso mundo tão encantador e particular, e que tão em casa me fez sentir, como uma Alice chamada EUphyra no encalço do coelho dos olhos pintados de negro.

Voltarei concerteza,

porque o outro lado é, de igual modo, viciante.

Monday, November 19, 2007

NO PLACE LIKE HOME



inspiro fundo
deliciando-me com o cheiro morno da tempestade
que se aproxima a galopar num ribombar,
cada vez mais próximo, dos trovões
Desço a rua deserta,
Prenúncio do dilúvio que se adivinha

Raios que rasgam o céu,
Rasgões rápidos de um tecido laranja
Iluminado, pontualmente, por clarões electrizantes

A cidade engasga numa fuga em câmara lenta
Uma profusão de luzes vermelhas
escorre pelos cursos sinuosos

Força com vontade própria
que me conduz até ti
e me faz desaguar no teu leito

A chuva cai finalmente
noite fora
lavando a alma da rua
que renasce para um novo dia

na próxima saída

Sunday, November 18, 2007

She is mourning her misfortune.

(...)
the heavy bondage of her poor,
trapped soul from which there is no escape,
and so she weeps.
She weeps for the lively,
vivacious girl she once was,
the lonely woman she has become...
and most of all... she weeps for the love she'll never feel,
for the love she'll never give.

THE PAINTED VEIL W. Somerset Maugham

Thursday, November 15, 2007

MISSING

Esgotado o fogo
que nos consumiu desenfreado
Restam apenas cinzas
do que fomos um dia
da ponte que nos unia
volatilizada na combustão
No limiar do silêncio
recusas-te a dizer adeus
Quando sinto o inverno no teu beijo
e o mecanicismo do meu abraço.
Buscamos o conforto lá fora
nas sombras dos nossos segredos.

Friday, November 09, 2007

Reciclar

Hallowen acabado, pendurado, suspenso na trave
pairando como um fantasma do ser, que uma noite ele foi
Excretando luz das suas entranhas,
ilumina o meu canto, my LG man

CHANCE

Arrisca a que te partam a cara,
com as tuas provas dadas,
a perder pelas tuas capacidades e limitações,
mas não te esmurres a ti próprio,
para deixares de ir à luta,
de modo a te protegeres de sentir uma derrota
que ainda nem foi escrita.

Arrisca-te sim, a viver, a sonhar,
e quem sabe, encontrar a felicidade
ou no mínimo, um caminho de aventura


2my sis

Thursday, November 01, 2007

2 π r2

Nem tudo na vida responde à razão
Por isso, circunscrevo-me à minha realidade